Pandemia impediu CLIB de acolher mais duas famílias refugiadas

O Colégio Luso Internacional de Braga viu-se impedido de acolher mais duas famílias refugiadas devido à pandemia da covid-19. Desde 2015 que o CLIB acolhe e acompanha formalmente nove famílias na cidade, mas a título informal a ajuda é prestada a “muitas mais”, confirmou à RUM a directora, Helena Pina Vaz.
Em entrevista ao programa da RUM Campus Verbal, a responsável contou que o acompanhamento formal surgiu de uma parceria com a plataforma de Apoio aos Refugiados. Helena Pina Vaz revelou que no momento em que começaram a ser proibidas as viagens, tinham “mais duas famílias preparadas para viajar para Braga”. “E estamos sempre disponíveis para novos casos, portanto estamos sempre em contacto para novas situações”, revela.
A Directora do CLIB conta que o programa “está muito bem desenhado” e que por isso “basta boa vontade e seguir a estrutura”. O apoio a refugiados é concretizado com trabalho, com casas, e com acompanhamento escolar para as crianças. São muitas as dificuldade para quem chega, sobretudo nos processos de adaptação às burocracias e à cultura. “São processos muito lentos de adaptação à nossa burocracia. São pessoas que estão habituadas a trabalhar sem papéis e com flexibilidade. Não se trata de falta de vontade, mas sim de uma diferença cultural que exige adaptação.
É um dos grandes projectos do Colégio Luso Internacional de Braga e uma experiência enriquecedora e “gratificante” também para os próprios alunos do CLIB. “Os alunos foram extremamente sensíveis e os pais também. Não houve oposição, por receio do desconhecido, muito pelo contrário, os pais acharam extremamente gratificante que os filhos vivessem mais de perto o problema do refugiado, da pessoa que vem à procura de um abrigo num sítio completamente desconhecido”, esclarece.
A entrevista completa ao programa Campus Verbal já está disponível em podcast
