Ministro afirma que passar a representação estudantil de 25% para 20% é uma “boa proposta”  

À entrada para as celebrações dos 51 anos da Universidade do Minho, esta segunda-feira, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, abordou a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) e as críticas dos estudantes, desvalorizando a reação do movimento estudantil e sustentando até que a redução da representatividade dos estudantes “é uma boa proposta”.

“Não me parece que seja por uma redução de 25% para 20% que haja uma desvalorização do papel dos estudantes na vida das universidades. Até pelo contrário, porque marcamos a importância que eles têm com maior peso na eleição e no Conselho Geral”, referiu.

Fernando Alexandre acredita ser “natural” que o peso de docentes e investigadores seja maior que o dos estudantes, uma vez que estes “acabam por estar de passagem”. 

No entanto, há uma “questão mais importante no tema do RJIES”: “o que interessa é mesmo a visão que temos para o sistema, que é uma visão diferente daquilo que tem prevalecido até agora”. 

O ministro comentou ainda o aumento de vagas para ingressar no Ensino Superior. O concurso de acesso para o próximo ano letivo tem quase 102 mil vagas disponíveis, o número mais alto de sempre. “O sistema tem crescido com os estudantes nacionais, com os estudantes internacionais, concretizando o caminho de internacionalização que o nosso sistema tem feito”, notou.


O governante destacou a área da Educação Básica e “daquele que é um dos grandes desafios da nossa sociedade” – conseguir superar a escassez de professores com o número de reformas que está em curso. 

Na área da Medicina, Fernando Alexandre relembrou que era a única área sem estudantes internacionais. “Portugal tem dos melhores cursos de medicina a nível internacional, não há dúvidas. É uma área de excelência. Qual era a razão para não podermos, obviamente com limites e não pondo em causa as vagas dos estudantes nacionais, termos um aumento?”, questionou.

O governante deixou também uma mensagem sobre a academia minhota, reconhecendo o papel “extraordinário” da UMinho na região. “É uma universidade que se distingue pela forte ligação à região, e que se tem afirmado como uma das principais instituições nacionais e também com muita relevância internacional. Aquilo que eu espero nos próximos 50 anos, é que a Universidade do Minho continue esta trajetória da procura da excelência e de cada vez mais impacto, seja a nível nacional, seja internacional”, concluiu. 

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Maria Carvalho
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Carolina Damas
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