Passagem de ano. Braga regista quebras de 80% a 90% no sector da hotelaria
O director-geral da Associação Comercial de Braga (ACB) alerta para os prejuízos que as restrições do Governo para a passagem de ano estão a causar no sector. Rui Marques descreve um cenário “desolador”.
No dia 31, esta quinta-feira, além de ser proibida a circulação entre concelhos, os cidadãos não podem estar na via pública a partir das 23 horas e os restaurantes têm de fechar até às 22h30. Devido a estas restrições, o responsável da ACB é peremptório a afirmar que “este ano não há negócio associado à passagem de ano”.
No que diz respeito à hotelaria, de acordo com os dados da associação comercial, as quebras variam entre os 80 e os 90%. Quanto à restauração, como “os jantares de réveillon não acontecem, os prejuízos são também evidentes”, refere Rui Marques. “Este é um período muito importante, sobretudo para os sectores da restauração e do alojamento. Eu diria que é o equivalente ao Natal para o comércio”, acrescenta.
Apesar de essas serem as sub-áreas mais afectadas, o director-geral da ACB enaltece que “o próprio comércio também se ressente”. “Por norma, existem vendas associadas ao sector da moda para as pessoas se prepararem para estas festas. Obviamente que este ano as pessoas não sentem motivação para fazer este tipo de compras porque vão ficar por casa”, explica.
Depois do recuo do Governo em relação ao primeiro anúncio, aumentando as restrições para a passagem de ano, o quadro ficou mais complicado para as empresas do sector. No entender de Rui Marques, “a medida de compensação encontrada pelo Executivo, sobretudo para o sector da restauração, não cobre de maneira nenhuma os prejuízos financeiros que decorrem da impossibilidade de se estar a trabalhar neste período”.
