Paulo Cunha anuncia candidatura à distrital do PSD focada nas autárquicas

Paulo Cunha pretende regressar à presidência da Comissão Política Distrital de Braga do PSD. O líder da concelhia de Famalicão anunciou esta sexta-feira a candidatura ao sufrágio que está marcado para o dia 11 de Julho.
Para 2021 estão previstas eleições presidenciais e autárquicas. Paulo Cunha refere que esta foi a forma que encontrou para “ajudar o partido nos combates que se avizinham”. “Entendo que o PSD viverá no próximo ano um momento particularmente exigente, onde é suposto que cada um dos militantes faça o que estiver ao seu alcance para que o partido seja bem sucedido”, complementa.
José Manuel Fernandes vai abandonar a presidência da distrital depois de cumprir o período máximo de seis anos no cargo. Em declarações à RUM, Paulo Cunha adianta que a lista ainda não está definida, pretendendo apresentá-la até ao final do mês, mas reconhece, desde já, que vai ser elaborada “numa lógica de continuidade”.
O actual líder da Câmara Municipal de Famalicão antecedeu precisamente o eurodeputado, tendo ocupado o lugar entre 2010 e 2014 e, desde então, é o presidente da Mesa da Assembleia Distrital. “Este é um trabalho que começou há alguns anos. Quando cheguei em 2010 à distrital, procurei promover consensos que achava necessários”, refere Paulo Cunha.
O social-democrata argumenta que esse trabalho “deu resultado” nas eleições autárquicas de 2013, quando o partido passou a liderar mais duas câmaras, as de Braga e Vieira do Minho, e assinala que, em 2017, José Manuel Fernandes “continuou o percurso vitorioso”, com triunfos em Amares e Terras de Bouro.
Paulo Cunha destaca crescimento do PSD no distrito e fala em “contra-ciclo” em relação ao resto do país
Neste momento, o PSD lidera nove das 14 autarquias do distrito, sendo que, em algumas delas, esse poder é repartido com o CDS – Amares, Vieira do Minho e Vila Nova de Famalicão – e com o CDS e o PPM – Braga. Barcelos, Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães e Vizela são os concelhos em que os sociais-democratas se apresentam como oposição.
“É inegável que estes concelhos vão merecer a minha atenção. Espero que o PSD seja capaz de criar condições, do ponto de vista das candidaturas a apresentar, para que sejam bem sucedidas e que suscitem o apoio dos cidadãos desses concelhos”.
O crescimento verificado no distrito está, segundo o candidato, “em contra-ciclo com o que acontece no país”. “No resto do país, o PSD, infelizmente, tem perdido mandatos, câmaras e juntas de freguesia”, refere.
Além do foco nas eleições agendadas para o próximo ano, Paulo Cunha destaca que a sua lista pretende criar “convergências entre militantes”, referindo que a distrital terá “fóruns, espaços e momentos para que cada um possa trazer as suas percepções ao partido”.
