PCP acusa CMB de não valorizar Feira do Livro ao mantê-la apenas no digital

O PCP de Braga acusa o município de negligência por ter optado pela realização da Feira do Livro de Braga num modelo totalmente digital. A decisão da autarquia foi anunciada na semana passada e contraria o que os municípios de Lisboa e Porto, com feiras de maior dimensão, optaram por fazer. Na óptica dos comunistas, a decisão tomada pela autarquia revela “falta de vontade política” e “desleixo na preparação”.

Os comunistas consideram que o município de Braga “podia e devia reunir todos os meios para garantir as condições necessárias para a realização da Feira do Livro deste ano ao ar livre, tal como tem acontecido nos últimos anos”. Carlos Almeida diz até “estranhar” a decisão “incoerente” face a outros anúncios.

“As Festas de São João foram canceladas num primeiro momento e retomam agora alguma programação. É uma situação que configura dualidade de critérios”, atesta, lembrando ainda exemplos como a Feira Semanal ou o Mercado Municipal.

Carlos Almeida sustenta que a realização presencial da Feira do Livro de Braga cumprindo todas as regras que se exigem seria uma forma de de “garantir alguma actividade, dando o sinal à economia local e ao associativismo”. Ao optar exclusivamente pelo digital está a “condenar livreiros e expositores a uma situação já de si muito difícil”, lembra. “Isto não valoriza a Feira do Livro e coloca o sector livreiro numa situação ainda mais complicada, nomeadamente as livrarias do concelho”, acrescenta o comunista.

“A Feira do Livro de Braga não tem sido devidamente cuidada pelo actual executivo”

“Parece-me completamente desproporcionado e era possível se houvesse vontade política”, argumenta.

O também vereador da CDU acrescenta que houve “desleixo na preparação e organização da feira”.

O município devia ter “contactado editoras, livreiros para garantir as condições para que voltassem à via pública. Não houve essa preocupação. Parece-nos bastante negligente a forma como foi preparada esta edição da Feira do Livro de Braga”, argumenta.

Carlos Almeida vai mais longe, e lamenta que ao longo dos anos o evento não tenha sido devidamente cuidado pelo Município de Braga”.

Recorde-se que as cidades de Lisboa e Porto optaram por manter as respectivas feiras – ambas de maior dimensão – ao ar livre, garantindo as condições sanitárias que se exigem em tempos de pandemia.

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Elsa Moura
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