PCP diz que municipalização dos museus de Braga é “um processo perigoso e errado”

Para a Direção da Organização Regional de Braga (DORB) do PCP a municipalização dos museus D. Diogo de Sousa e dos Biscainhos, em Braga, é uma decisão perigosa e um erro. O Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República questionou o ministro Pedro Adão e Silva sobre a possibilidade de reversão da decisão.
Em entrevista à RUM, Belmiro Magalhães, da Direção Regional de Braga do partido, diz-se “preocupado” com a decisão do Governo e lamenta que a administração central esteja a transferir para as autarquias “responsabilidades que são suas” em áreas como saúde, transportes, educação e cultura.
O PCP pretende “chamar a atenção para os perigos que esta possibilidade comporta” e apela ao ministério tutelado por Pedro Adão e Silva para “reverter a decisão”. “Esta possibilidade de transferências da administração central para a Câmara de Braga não ter sido objeto de consulta prévia é difícil de acreditar”, criticou ainda Belmiro Magalhães, para quem este “é um processo perigoso e errado”.
“Eu tenho ouvido vozes de gente importante e entendida, que teve e tem as mãos na massa do ponto de vista da gestão destes equipamentos, a dar uma opinião muito fundamentada e crítica acerca desta decisão. Pensamos que esta pressão pode ser, de facto, um contributo importante para que este erro não seja consumado”, finalizou.
Recorde-se que, esta semana, o executivo municipal aprovou, por unanimidade, endereçar uma moção ao Governo contra a desclassificação dos museus D. Diogo de Sousa e dos Biscainhos para a esfera municipal.
Neste momento, está em circulação uma petição “Em defesa do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa”, já subscrita por personalidades como Isabel Pires de Lima, ex-ministra da Cultura, os artistas Sérgio Godinho e Pedro Abrunhosa, entre outras.
