PE assinala Dia Mundial da Liberdade de Imprensa com nova edição do Prémio Daphne Caruana Galizia
Estão abertas as candidaturas para a terceira edição do Prémio de Jornalismo Daphne Caruana Galizia. O anúncio foi feito esta terça-feira pela presidente do Parlamento Europeu, na abertura do segundo dia de trabalhos da sessão plenária de maio, em Estrasburgo.
Segundo Roberta Metsola, “a Europa está ao lado daqueles que buscam a verdade”, procurando, com este galardão, “continuar a defender a liberdade de expressão, a pluralidade dos meios de comunicação social e o jornalismo de qualidade”.
“A caneta de Daphne foi silenciada porque ela estava a desvendar a verdade e nunca devemos permitir que jornalistas se tornem alvos ou vítimas”, acrescenta, destacando a importância do trabalho desenvolvido na Ucrânia por estes profissionais.
O Prémio de Jornalismo Daphne Caruana Galizia, de periodicidade anual, pretende recompensar o jornalismo de excelência, que defende os valores fundamentais da União Europeia. O vencedor será escolhido por um júri independente composto por representantes da imprensa e da sociedade civil.
A cerimónia de entrega de prémios, que pressupõem um valor total de 20 mil euros, está prevista para meados de outubro, coincidindo com a data do assassinato de Daphne Caruana Galizia.
Daphne Caruana Galizia foi assassinada em 2017
Daphne Caruana Galizia foi uma jornalista, blogger e ativista anticorrupção maltesa, que reportou casos de corrupção, lavagem de dinheiro, crime organizado, venda de cidadania e ligações do governo maltês aos Panama Papers. Após assédio e ameaças, foi assassinada numa explosão de um carro armadilhado, em 2017.
A indignação pela forma como as autoridades lidaram com a investigação do seu assassinato conduziu à renúncia do então primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat. Críticos das falhas na investigação, os eurodeputados apelaram à Comissão Europeia para que tomasse medidas, em dezembro de 2019.
