Pais vão preencher falhas na EB1 da Ponte Pedrinha

A Escola Básica da Ponte Pedrinha, em Braga, reabriu as portas esta sexta-feira depois de ter falhado a data limite imposta pelo Governo. Em causa está a falta de assistentes operacionais neste estabelecimento de ensino, visto que só estão disponíveis duas profissionais. 


Como a RUM avançou, a empresa municipal Bragahabit cedeu uma assistente operacional. Contudo, a profissional em questão só está disponível da parte da manhã. A informação foi transmitida à Universitária pela representante dos pais, Sónia Dias, que reuniu, esta sexta-feira, com a coordenadora do estabelecimento de ensino.


“Às 17H30 as duas assistentes operacionais estão nos dois portões de saída. Para além disso têm de limpar as salas todas até às 18h30. Entre a escola e associação de pais vamos tentar tapar estes buracos para a escola abrir, mas não é o suficiente. Não sei se vamos aguentar”, alerta. 


As colaboradoras da Componente de Apoio à Família (CAF) vão, a partir de hoje, auxiliar as duas assistentes operacionais com os 150 alunos da parte da tarde. Este é um serviço independente gerido pela associação de pais. 

No total são cinco as funcionárias, sendo que duas marcam presença na escola das 7h30 às 9h, e três das 17h30 às 19h30. 


Esta é uma situação que tem vindo a arrastar-se ao longo dos anos. Sónia Dias frisa que a conjuntura chegou a um ponto que é insustentável. “Com a pandemia é preciso reforçar a higienização dos espaços e das crianças. Eram necessárias quatro assistentes operacionais, mas não há respostas da parte do Município. As justificações que chegam recaem sempre sobre os rácios”, afirma. 


A diretora do Agrupamento de Escolas André Soares, Maria Graça Moura, confirmou à RUM que a assistente operacional disponibilizada pela Bragahabit tem um horário reduzido. Por isso, conta com a colaboração da associação de pais para resolver a situação.

Maria Graça Moura garantiu que a funcionária vai laborar na EB1 da Ponte Pedrinha nos próximos 23 dias, uma vez que a escola “não pode funcionar com menos de três assistentes”.

Até ao momento a diretora do agrupamento de escolas André Soares ainda não reuniu com a responsável pela pasta da educação no Município de Braga. Está agendada uma reunião para 24 de Setembro com todos os diretores de agrupamento da cidade. 


Alguns encarregados de educação já pensam em transferir os filhos de escola. 


A filha de Vanessa Viana frequenta o 4º ano da EB1 da Ponte Pedrinha. Em conversa com a RUM garante que o estabelecimento de ensino não lhe proporciona confiança ao nível da segurança. Na sua opinião existe “falta organização”, e admite que não ficaria surpreendida se nos próximos dias a escola acabasse por fechar portas. Neste momento diz que está à procura de soluções, abrindo a possibilidade de mudança de escola. 


Márcio Lima acompanhou o filho no primeiro dia de escola. No dia anterior não foi avisado sobre a situação e acabou por se deslocar ao Centro Escolar, que estava encerrado.

A instabilidade na EB1 da Ponte Pedrinha obrigou Ana Magalhães a procurar a ajuda dos avós. A encarregada de educação está preocupada com a aprendizagem do filho que entra, este ano, para o 1º ano. “Vamos tentar resolver o problema entre nós, os pais, visto que não há garantias de que a escola vai permanecer aberta”, refere. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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