Ataques informáticos dilatam com pandemia de Covid-19

Com o confinamento da maioria dos portugueses em casa têm aumentado, segundo a Polícia Judiciária e a autoridade nacional de cibersegurança, os casos de propagação de conteúdos digitais falsos associados à Covid-19 com o intuito de extorquir dinheiro, infectar dispositivos ou roubar informações pessoais. 

Este crime, mais conhecido como Phishing, passa pelo envio de e-mails falsos que podem também direccionar para websites enganosos.

“Esta pequena medida pode salvá-lo” ou “Clique aqui para descobrir uma solução para a Covid-19” são algumas das mensagens aliciantes utilizadas por grupos criminosos internacionais que estão a aproveitar a pandemia do coronavírus para lançar ataques cibernéticos em larga escala. 

Recorde-se que inúmeras pessoas estão, actualmente, em teletrabalho o que pode facilitar o acesso a dados confidenciais pessoais e das próprias empresas, uma vez que muitos cidadãos passam a utilizar os seus computadores pessoais.

De acordo com uma publicação da GNR na sua página oficial da rede social Facebook estão a ser efectuadas campanhas de Phishing por email, SMS ou pelas redes sociais. Muitas das mensagens citam como fonte de informação a Organização Mundial de Saúde, a UNICEF ou centros de investigação e laboratórios do sector da saúde, com conteúdos alusivos à pandemia, inclusive com ficheiros em anexo.


Estas mensagens têm dois objectivos: a obtenção de dados confidenciais ou a captura remota dos aparelhos informáticos que só são libertados após o pagamento de um resgate. 


Em Portugal correm mensagens fraudulentas, por exemplo, no WhatsApp com falsas medidas implementadas pelo Governo, nomeadamente, a redução de 30% das contas da água, luz e gás. Outro exemplo está relacionado com o facto de, alegadamente, a Segurança Social estar a pagar 25 euros por dia a quem esteja em quarentena voluntária. Estes são dois casos de Phishing aos quais se acrescentam as informações falsas sobre a existência de uma vacina para a Covid-19. 

Neste momento são vários os laboratórios em diferentes países no Mundo que estão a trabalhar numa possível vacina. Segundo os meios de comunicação internacionais, alguns testes podem ter início em Setembro, contudo esta vacina só deverá estar disponível em 2021.

Segundo o Infarmed, neste momento “nenhum medicamento se demonstrou ainda eficaz no tratamento da covid-19”.

Actualmente, as forças de segurança também alertam para ataques através das contas de Spotify, PayPal, Uber ou até da aplicação Houseparty. 


Para sua segurança, a GNR está a recomendar que evite aceder a links que estejam num e-mail suspeito, desconfie de todos os e-mails ou mensagens de texto com referência a pedidos urgentes de cedência de informações sobre o vírus, mantenha o antivírus actualizado e nunca envie informações pessoais ou financeiras por e-mail.

Burlas e fraudes também têm vindo a aumentar. 

De acordo com a edição desta quarta-feira, 1 de Abril, do Jornal de Notícias, existem relatos de “falsos médicos estarem a burlar idosos em aldeias”. 

Em alguns casos, como em Ruivães, Vieira do Minho, o burlão “andava pelas ruas desta localidade a tentar vender exames para diagnóstico da Covid-19”.


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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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