Piscina olímpica. Comentadores do Praça divergem sobre papel da Câmara de Braga

Os comentadores do programa Praça do Município têm visões diferentes sobre o papel da Câmara de Braga na eventual construção de uma piscina olímpica. No último mês, a vereadora do Desporto disse, em declarações à RUM, que um projeto dessa envergadura não é, neste momento, uma prioridade, convidando o SC Braga, que conta com dois nadadores olímpicos, Tamila Holub e José Paulo Lopes, a avançar com uma solução.

Jorge Cruz concorda com a visão de Sameiro Araújo. Admitindo que “o ideal seria ter várias piscinas, incluindo uma olímpica”, alerta que, como “não há condições financeiras, o clube, responsável pelos atletas, deve chegar-se à frente”. 


“Construir uma piscina com o foco em dois atletas olímpicos e pôr toda uma cidade a construir uma estrutura que não é barata, dedicada a esses nadadores, não me parece bem. Não podemos prejudicar os munícipes, dando condições a uma franja em prejuízo do resto da comunidade”, argumenta.

Uma das alternativas avançada pela vereadora do Desporto foi a possibilidade de cobrir a piscina exterior da Rodovia, inutilizada nos meses de outono e inverno devido às condições atmosféricas adversas, embora não seja uma solução para o imediato.

Para Carlos Almeida, ao contrário do que pensa Jorge Cruz, essa é uma hipótese, apesar das “implicações que eventualmente terá para o público em geral”. Ainda assim, considera que “não se pode deixar de fora a participação e o envolvimento do clube num investimento desta natureza”.


Na primeira década dos anos 2000, quando a autarquia era governada pelo PS, começou a ser erigida uma piscina olímpica, junto ao Estádio Municipal, mas nunca foi concluída. Foram gastos oito milhões de euros. O terreno pertencente à câmara foi cedido, em 2015, ao Sporting de Braga para aí edificar um pavilhão multiusos, entre outras valências que fazem parte da segunda fase do projeto da Cidade Desportiva.

António Lima considera que se cometeu um erro ao não se terminar a empreitada, referindo que “não era uma obra do outro mundo”. “Toda a gente sabe que nunca me entendi com o Mesquita Machado [presidente da câmara na altura] numa série de coisas, mas ele até criou condições para que fossem feitas. Deixou os terrenos, o investimento em betão”, atira, lembrando que “o problema não era a piscina corrida, mas sim o tanque de saltos”.

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Tiago Barquinha
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