Planetário de Braga junta-se a acção dedicada à preservação do maior escaravelho da Europa

Pelo segundo ano consecutivo, em Portugal, haverá um fim-de-semana dedicado à conservação da vaca-loura, uma espécie de escaravelhos que se encontra em declínio. No total estão preparadas 16 acções pelo país, divididas pelos distritos de Vila Real, Braga, Porto, Aveiro, Viseu e Lisboa.

No território bracarense, a iniciativa desenrola-se entre sexta-feira e domingo, sempre às 20 horas, em cinco locais diferentes, incluindo na Encosta do Sol, situada na freguesia de Gualtar. Essa acção é dinamizada pelo Planetário – Casa da Ciência de Braga. 


Em declarações à RUM, Maria Luís Miranda, coordenadora do projecto, explica que a actividade consiste “numa acção de monitorização de amostragem da espécie”. “Vamos percorrer um percurso de cerca de 500 metros de forma a tentar avistar estes escaravelhos. A acção é feita nesta altura do ano porque é quando a espécie está mais activa”, complementa.


Além da iniciativa preparada para a Encosta do Sol, vai decorrer uma dupla acção semelhante junto ao Mosteiro de Tibães, na sexta-feira e no sábado. Ainda no distrito de Braga, o Parque das Taipas, no sábado e no domingo, e a União de Freguesias de São Miguel e São João, em Vizela, no sábado, também acolhem o evento.


As inscrições são gratuitas e podem ser feitas em VACALOURA.pt até quarta-feira. Devido às normas impostas pela Direção-Geral da Saúde, cada acção está limitada a um máximo de nove participantes.



Vaca-loura. A “espécie bandeira” que está em declínio na Europa


A vaca-loura é o maior escaravelho da Europa, sendo que, em Portugal, existe uma presença mais significativa no norte do país. 


Para tentar preservar a espécie, que “está em declínio em toda a Europa”, em 2016, foi criado o projeto VACALOURA.pt, organizado pela Rede Portuguesa de Monitorização da vaca-loura, que teve por base o surgimento da Rede Europeia de Monitorização dedicada a este tipo de escaravelho.

Destacando que é uma “espécie bandeira”, Maria Luís Miranda explica que a sua conservação é “importante a nível ambiental, sendo, por isso, relevante preservar todo o ecossistema onde ela se insere”. 


“Esta espécie está presente maioritariamente em zonas florestais e onde existem carvalhos. A vaca-loura prefere madeira morta, ou seja, árvores que estejam caídas. São habitats ideais para o seu ciclo de vida”, acrescenta.

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Tiago Barquinha
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