Porta de entrada na coligação não fechou, mas IL já constrói programa em Braga

A Iniciativa Liberal (IL) em Braga já começou a construir o programa eleitoral para as eleições autárquicas de 2025 ainda que não afaste, para já, o cenário de integrar a coligação Juntos por Braga, constituída atualmente por PSD, CDS-PP, PPM e Aliança. Nas eleições autárquicas de 2021 os liberais declinaram o convite e optaram por concorrer sozinhos. Muito longe de elegerem um vereador [que seria Olga Batista], o partido agora liderado por Rui Rocha assegurou a eleição de um único deputado municipal, Bruno Machado.

Recentemente, o presidente da concelhia de Braga do PSD, que lidera a coligação Juntos por Braga, voltou a manifestar interesse em agregar os liberais a este projeto de coligação à direita, que será alvo de um novo acordo formatado para as eleições autárquicas de 2025.

Aos microfones da RUM, Bruno Machado, afirma que a tendência “normal” é a IL “ir sozinha a eleições” ainda que neste momento o objetivo seja “apresentar propostas para mudar a vida das pessoas”. Diz também que o novo programa eleitoral “já está bastante desenvolvido, com propostas muito interessantes” num trabalho que vai continuar “até às eleições” independentemente de uma corrida a solo ou agregada a outras forças partidárias.

O partido vai ter eleições internas em janeiro, previsivelmente com dois candidatos: o atual líder, Rui Rocha e Tiago Mayan Gonçalves. Até lá não há uma resposta final quanto a uma eventual integração na coligação Juntos por Braga. “Estamos abertos a ouvir, mas neste momento é este o princípio. Além disso ainda temos eleições em janeiro, mas estamos abertos a dialogar, naturalmente”, reconheceu aos microfones da Universitária.

Na passada terça-feira, em conferência de imprensa, os liberais de Braga voltaram a apresentar um plano com um conjunto alargado de propostas para o município de Braga a concluir até 2028. A expetativa é que algumas delas sejam acolhidas por quem está neste momento à frente da autarquia.

“Braga deve apostar num novo modelo de desenvolvimento e queremos mostrar isso”


Bruno Machado afirma que “o principal problema do município neste momento é a habitação” e o segundo a mobilidade. “Pretendemos acrescentar um conjunto de propostas. Na mobilidade, falamos de infraestruturas e acessibilidade, mas a sinistralidade é também uma preocupação”, acrescenta. A IL está também apostada em focar algumas medidas nos jovens e na promoção da defesa de uma democracia mais participativa.

O deputado da IL na Assembleia Municipal de Braga insiste que “a cidade deve apostar num novo modelo de desenvolvimento e o município não deve implicar na vida dos cidadãos nem se intrometer onde não acrescente valor nas empresas”. “Queremos sistematicamente demonstrar que temos uma visão para a sociedade e para o município diferente do restante espetro partidário”, vinca.

No mercado de arrendamento, a IL Braga propõe uma redução para a taxa mínima de IMI (0,3%) e atualmente nos 0,33% e a criação de um benefício fiscal da CMB de 20% do IMI para todas as rendas inferiores ao salário mínimo nacional por mês.

Criação de um plano estratégico para a mobilidade até 2035

Na área da mobilidade, a IL defende a “expansão efetiva da rede de ciclovias, o desenvolvimento de uma política de “micromobilidade” para transmitir confiança “no processo de transição”, promovendo o “envolvimento de escolas, empresas, associações e serivços de mobilidade”.

É preciso “maximizar o impacto potencial do BRT” tendo em vista uma “mudança de paradigma da cidade” e a criação de um plano estratégico para a mobilidade 2035.

Com várias alíneas dedicadas à Academia Universitária, a IL de Braga propõe mais residências públicas, mas também um complemento das rendas a pagar em alojamentos privados dando especial atenção a estudantes “duplamente deslocados” numa referência àqueles que realizam o seu estágio curricular numa outra localidade afastada. O acesso dos estudantes universitários a cuidados de saúde física e mental também surge mencionado no documento assim como o reforço da segurança dos campi e da envolvente através da Polícia Municipal.

Para os liberais, o município de Braga deveria contar com um portal da transparência e disponibilizar mais informação sobre o próprio município. No caderno surge também a proposta de criar uma página do PDM, assim como reduzir a burocracia através do “complicação zero”.

A IL em Braga defende uma autarquia mais digital, considera que o município deve, à semelhança do que faz com as assembleias municipais, transmitir as reuniões de executivo, por exemplo. A AM deve ter instalações e equipamentos próprios.

Enquanto que para o Recolhimento das Convertidas se exige uma solução. Também a negociação com o governo para o Parque da Arcela deve ser agilizada.

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Elsa Moura
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