Portugal condena desvio de avião e pede “libertação imediata” de jornalista bielorrusso

“Inaceitável” e merecedora de uma “firme condenação”. É desta forma que o Ministério português dos Negócios Estrangeiros reage ao desvio de um avião pela Bielorrússia para deter o jornalista Roman Protasevich.

Numa publicação no Twitter, o Ministério tutelado por Augusto Santos Silva diz que a “aterragem forçada na Bielorrússia de um avião europeu, em rota entre duas capitais da União Europeia, é inaceitável e merece a nossa firme condenação”. 

No mesmo espaço, Portugal exige a “libertação imediata de Roman Protasevich”, um jornalista bielorrusso que utilizava um canal da rede social Telegram – Nexta – para informar a população do que se passava no país. Acabou por se tornar na principal fonte de informação, em particular durante as semanas de protestos antigovernamentais após as eleições presidenciais de 2020.

Protasevich era um dos passageiros de um voo da Ryanair que viajava de Atenas para Vílnius e acabou detido pelas autoridades bielorrussas. Para obrigar o avião a aterrar, foi comunicado aos pilotos do avião que poderia estar uma bomba a bordo e que o mesmo teria que divergir para Minsk. Cerca de 120 passageiros foram forçados a submeter-se a novo controlo, que acabou com a detenção do jornalista.

O Ministério português dos Negócios Estrangeiros adiantou ainda que “o Conselho Europeu discutirá este assunto” esta segunda-feira, à semelhança do anunciado esta tarde pelo porta-voz do presidente deste organismo europeu, também no Twitter.

A União Europeia (UE) já se preparava para reforçar as sanções existentes contra o regime da Bielorrússia. Por toda a Europa foram já vários os países que exigiram uma explicação à Bielorrússia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou “totalmente inaceitável” a aterragem forçada em Minsk do avião da Ryanair e sublinhou que “qualquer violação das regras de transporte aéreo internacional deve ter consequências”.

No mesmo sentido, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou que o desvio do avião é “um incidente sério e perigoso que requer investigação internacional”. Exigiu ainda à Bielorrússia o regresso seguro de toda a tripulação e passageiros.

RTP

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