Portugal é o quarto país com mais mulheres na ciência

De acordo com a Comissão Europeia, 10% das mulheres portuguesas fazem parte da área da ciência, um valor que está acima da média da União Europeia (7%).
Foram dados divulgados no twitter da Comissão Europeia, no âmbito do Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência.
Portugal ocupa a quarta posição do pódio. Acima está apenas a Suécia, em primeiro lugar, com 13% das mulheres na área da ciência, seguida da Dinamarca e da Irlanda, ambas com 11%.
Nos últimos lugares encontra-se a Itália e a Eslováquia com 4%, em último e penúltimo lugar, respetivamente. Imediatamente acima está a Hungria, com 5%.
Professoras universitárias aumentam, mas são uma minoria em carreiras e cargos de topo
De acordo com um estudo divulgado, esta segunda-feira, sobre a igualdade de género nas instituições de ensino superior, o número de professoras universitárias aumentou em quase 20 anos, mas as mulheres continuam a ser uma minoria nas carreiras e cargos de topo.
Segundo o estudo, que cita dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, as universidades públicas passaram em 2021/22 a ter 8.309 professoras, mais 2.590 face a 2004/05, quando totalizavam 5.719.
Os dados revelam que, apesar do aumento do emprego de professoras universitárias, os homens docentes continuavam em maioria (10.245 nas universidades públicas e 6.199 nos politécnicos públicos) e apenas um quarto das docentes mulheres ocupava em 2021/22 a carreira mais elevada, a de professor catedrático.
Em 2020/21, apenas nove mulheres (contra 38 homens) eram reitoras de universidades ou presidentes de institutos politécnicos (atualmente apenas quatro universidades públicas – de um total de 14 – são lideradas por mulheres).
No mesmo período, 40 mulheres (contra 70 homens) ocupavam o cargo de vice-reitora ou vice-presidente.
Em 2018/19, um total de 121 docentes mulheres (contra 279 homens) dirigia uma faculdade ou escola superior.
A agência nacional Ciência Viva apresentou a 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a terceira edição do livro “Mulheres na Ciência”, que inclui 101 rostos da investigação no feminino.
Oito dos rostos são da Universidade do Minho, provenientes das Escolas de Educação, de Direito, de Engenharia, de Medicina e de Psicologia e do Instituto de Ciências Sociais. São as neurocientistas Ana João Rodrigues e Luísa Pinto, a psicóloga do desenvolvimento Carla Martins, as engenheiras biomédicas Diana Priscila Pires e Joana Cabral, a arqueóloga Manuela Martins, a investigadora na área da educação Maria Assunção Flores e a jurista Patrícia Jerónimo.
Investigadoras da UMinho no livro “Mulheres na Ciência”
Esta publicação é uma forma de homenagem às cientistas, que representam quase metade do total de investigadores em Portugal e cujo trabalho tem sido fulcral no progresso da ciência e da tecnologia das últimas décadas. Por outro lado, contribui para a afirmação do conhecimento, além de sensibilizar e inspirar a sociedade.
O livro “Mulheres na Ciência” já teve volumes em 2016 e em 2019, incluindo outras investigadoras da UMinho, como Alexandra Marques, Ana Paula Marques, Anabela Carvalho, Cláudia Pascoal, Graça Simões de Carvalho, Helena Machado, Manuela E. Gomes, Margarida Fernandes, Maria Isabel Veiga, Maria Manuel Oliveira ou antigas alunas e ex-investigadoras desta academia, como Alexandra Silva, Isabel Ferreira, Isabel Rocha, Maria Inês Almeida e Rita Duarte.
c/Lusa
