Portugal entrou em novo confinamento. Trânsito em Braga está igual

Portugal entrou às 0h00 num novo confinamento. Apesar disso, em Braga, por exemplo, o trânsito nas estradas mantém-se idêntico aos dias anteriores. A rotina dos portugueses deve sofrer alterações, mas ao início da manhã parecia um dia igual aos outros desde que “aprendemos” a lidar com a pandemia: uma forte circulação de veículos nos dois sentidos nas principais artérias da cidade.
Devido ao agravamento da pandemia de covid-19, com os portugueses sujeitos ao dever de recolhimento domiciliário, mas mantendo as escolas com o ensino presencial. Além do dever geral de recolhimento domiciliário, o confinamento é obrigatório para pessoas com covid-19 ou em vigilância.
António Costa reiterou que as medidas de confinamento geral estão projetadas para vigorar um mês, mas adiantou que o Governo vai reavaliá-las dentro de 15 dias, ou seja a 30 de janeiro.
O primeiro-ministro afirma que o país fez tudo para evitar o novo confinamento. Em entrevista à TVI, António Costa diz mesmo que não se pode fazer um julgamento coletivo.
As multas para quem violar as regras do confinamento duplicaram.
Quem não usar máscara nos locais e situações obrigatórias fica sujeito ao pagamento de uma coima que pode ir de 100 a 500 euros, no caso de pessoas singulares. No caso das empresas, a multa vai de mil a dez mil euros.
O QUE MUDA NO NOVO CONFINAMENTO?
A regra geral é ficar em casa: as deslocações ficam reduzidas ao estritamente necessário e o teletrabalho passa a ser obrigatório sempre que possível. Restaurantes, bares e cafés fecham, assim como o comércio não-alimentar, os estabelecimentos culturais e os ginásios.
Por outro lado, as creches, escolas e universidades funcionam e em regime presencial. Também as mercearias, supermercados e as farmácias vão continuar a operar. Já os serviços públicos irão continuar a prestar serviços, desde que através de marcação.
As multas para quem não cumprir as novas medidas de restrição vão duplicar de valor, segundo anunciou, esta quarta-feira, pelo primeiro-ministro, António Costa.
PODERÁ SAIR DE CASA PARA:
Ir para a universidade ou estabelecimento escolar
Levar as crianças à escola ou creche
Ir trabalhar
Comprar bens essenciais e ir à farmácia
Ir ou transportar outra pessoa ao médico ou para dar sangue
Aceder a serviços públicos
Procurar emprego e responder a propostas de trabalho
Prestar assistência a vítimas de violência doméstica, tráfico de seres humanos ou para proteger jovens em perigo
Prestar assistência a pais, filhos, idosos dependentes e pessoas vulneráveis
Realizar partilha de responsabilidades parentais
Praticar exercício físico e desporto ao ar livre
Participar em cerimónias religiosas
Fazer voluntariado
Visitar pessoas institucionalizadas em lares, unidades de cuidados continuados ou centros de dia
Passear o animal de estimação de forma rápida, perto de casa e sozinho
Ir ao veterinário
Prestar assistência a animais ou associações zoófilas
Cumprir o exercício de titulares de órgãos de soberania
Ir aos correios, ao banco ou agentes de seguros
Entrar ou sair do país
Se for jornalista ou força de segurança
Para participar em ações campanha eleitoral ou para ir votar
O QUE VAI FECHAR?
Cafés e restaurantes deixam de ter clientes no interior e só podem funcionar em regime de take away ou entregas ao domicílio.
As lojas que não vendam bens alimentares ou produtos considerados essenciais têm de voltar a fechar, seja na rua ou nos centros comerciais. O mesmo se aplica a cabeleireiros e salões de estética.
Os ginásios ou recintos desportivos vão encerrar e os eventos ficam cancelados. A cultura, um dos setores mais atingidos pela pandemia, volta a parar e os espaços culturais fecham novamente as portas: cinemas e teatros, museus, bibliotecas e salas de concerto.
Os locais de diversão, como discotecas e bares, jardins zoológicos, casinos, salões de jogos e parques vão também ser interditados durante o novo confinamento, que está previsto, para já, até dia 30 de janeiro.
