Praça do Município. Apoio às famílias bracarenses não faz desvanecer falta de habitação

Os comentadores do programa de debate político da RUM, Praça do Município, debateram na última edição do formato, a medida apelidada de “Braga + Família”. A iniciativa foi aprovada na última reunião do executivo municipal.
A ideia passa por atribuir 200 euros por cada criança nascida ou adotada, até aos seis anos de idade, na cidade dos arcebispos, durante o próximo ano.
Carlos Neves “saúda esta medida” que descreve como de “estímulo simbólico à natalidade”, um dos maiores problemas que Portugal enfrenta. Na ótica do comentador político, estes pacotes de benefícios fiscais, a título de exemplo, com a redução gradual das receitas retiradas através de IRS e IMI, apesar de no próximo ano não existir uma nova redução, e nos apoios às famílias, coloca a cidade bimilenar no “caminho certo”.
Mais crítico foi António Lima que defende que a medida é insuficiente e não irá cumprir o seu propósito, visto que para que os jovens optem por ter filhos é preciso resolver a falta de habitação a preços controlados no concelho. “A autarquia deve comprar terrenos e disponibilizar os mesmos para habitação a preços controlados”, defende.
Ora, João Granja recorda que é responsabilidade do Governo dar respostas ao nível das políticas sociais, porém, este é um trabalho que o município bracarense tem feito um esforço para dar resposta, por exemplo, através de ajudas ao pagamento dos empréstimos à habitação para famílias com rendimentos líquidos até 1.700 euros. “Só Braga e Porto é que o fazem”, realça.
O comentador avança em primeira mão que, no caso do Programa Municipal de Combate à Pobreza Energética, já deram entrada 247 candidaturas validadas e foram feitas 34 visitas técnicas para avaliação. Recorde-se que este programa prevê o apoio máximo de 2.500 euros para a aquisição e instalação de equipamentos para melhorar o desempenho energéticos das habitações.
