“Praça do Município” comenta revelação de conversa entre Rio e Mesquita

Os comentadores do programa de debate político da RUM, Praça do Município, debateram, este sábado, o facto do atual presidente da Câmara Municipal de Braga ter revelado o teor de uma suposta conversa privada com o seu antecessor Mesquita Machado.
Na passada segunda-feira, em Assembleia Municipal, Ricardo Rio revelou o teor de uma suposta conversa com o ex-autarca bracarense Mesquita Machado, em que este terá dito para não fazer o parque das Sete Fontes porque custaria uma fortuna à Câmara”. Declarações que já foram, entretanto, desmentidas pelo socialista que garantiu que tudo não passa de uma “censurável inverdade”.
Para António Lima o atual edil sofre de “mesquito dependente”, uma vez que, na sua ótica, precisa de Mesquita Machado para “fazer caminho”. “Sempre que é confrontado com alguma coisa tira o esqueleto do armário”, disse. O bloquista acrescenta que ambos acabam por jogar “no mês tabuleiro de xadrez”, exatamente com as mesmas peças. Para o comentador esta atitude revela aquilo que será a campanha eleitoral para as autárquicas.
“Ricardo Rio sai riscado desta situação”, começa por dizer Jorge Cruz. O socialista não considera ética a atitude de Rio e teme que este tenha aberto um precedente ao revelar uma conversa privada.“É evidente que o processo não foi conduzido com a celeridade nem com a qualidade que deveria”, refere.
Contudo, Jorge Cruz defende que Rio foi “ingénuo” em pensar que no período em que passaria pela autarquia bracarense iria resolver o dossiê. “Pensava que chegava ali e com um simples despacho resolvia a questão. Estes são problemas muito complexos”, sustenta.
Ora, em resposta João Granja coloca a culpa no facto de este ser um problema de grande complexidade nas costas de Mesquita Machado. “Foi o Eng. Mesquita Machado, pela sua ação, que conferiu o coeficiente de construção máximo para os melhores terrenos onde estão hoje situadas as Setes Fontes e essa é a grande dificuldade do processo”, declara.
O social democrata confessa que não teria revelado a conversa, se o assunto fosse consigo, porém reconhece que “tem relevância política”. “Mesquita Machado sabe que cometeu o maior crime em relação às Sete Fontes”, garante.
