Presidente da AEG defende metro de superfície. BRT “é remedeio”

O presidente da Associação Empresarial de Guimarães (AEG), Rui Dias critica o poder político por ausência de um plano de mobilidade devidamente estruturado, discorda da solução do BRT, que classifica como um “remedeio” e defende um metro de superfície para assegurar um território mais dinâmico e desenvolvido.
Em entrevista ao programa da RUM Campus Verbal, Rui Dias assumiu que a mobilidade em Guimarães “é um problema grande” num concelho que “merece e devia ter um plano de mobilidade a médio longo prazo, pensado, devidamente estruturado”.
Refere-se “não só a novos acessos à autoestrada, também uma ligação à futura alta velocidade em Braga”, argumentando que “deve estar bem ponderada e em cima da mesa”.
Sobre o BRT de ligação entre Guimarães e Braga assume que não o entende “como a melhor solução”, sugerindo “outras situações” como “o metro ligeiro de superfície”.
Para o empresário, a solução de BRT apresentada pelo presidente do município de Guimarães “é um remedeio”.
“É um remedeio e quando dizem que é a solução mais avançada e mais em cima da mesa. Eu percebo a ideia mas entendo, ao mesmo tempo, que como temos de criar uma via dedicada exclusivamente, porque não fazer outro que também tem de ter essa via dedicada, mas que seja a longo termo. Acho que estamos a pensar pequeno”, refere. E continua: “Não podemos pensar as cidades a dez anos. Isso já foi feito. Temos de pensar as cidades a vinte, trinta, quarenta, cinquenta anos. Porque o dinamismo, o desenvolvimento, só vem quando temos estas estruturas devidamente identificadas e instaladas”.
AEG defende Área Metropolitana do Minho e assume que Associação Empresarial do Minho foi “lufada de ar fresco”
O presidente da Associação Empresarial de Guimarães considera também “fundamental” a criação de uma área Metropolitana do Minho, referindo que é secundário o tema da designação final.
Entende que “as regiões têm se afirmar com aquilo que têm de melhor”, defende uma união de “massa crítica” dos diferentes concelhos dos distritos de Braga e Viana do Castelo conquistando “mais-valias para todos”.
Afirmando que esta é uma região “com grandes empresas e empresas grandes”, explica que é tempo de a capital e o poder político central conhecer melhor e valorizar a potência empresarial da região minhota.
