Presidente da Cruz Vermelha considera Delegação de Braga um exemplo

O presidente da Cruz Vermelha Portuguesa considera que a Delegação de Braga é um “exemplo” para a rede.
António Saraiva visitou esta quinta-feira a sede da Delegação de Braga da Cruz Vermelha que continua em processo de reabilitação assim como algumas das várias valências da instituição.
Em declarações à RUM, o recém-empossado presidente da estrutura destaca a “saúde” do projeto na cidade dos arcebispos.
“O serviço social que aqui se faz é um exemplo do que gostaria de ter em toda a rede e a avaliação é muito positiva. Não só na constatação de todos os serviços que prestamos e a qualidade com que os prestamos, mas agora aqui, nas novas instalações, as valências e aquilo que vai poder ser melhorado. Por isso, a avaliação é muito positiva, é uma agradável surpresa”, refere.
Há apenas seis meses no cargo, António Saraiva adianta que a Delegação de Braga poderá servir de inspiração, no sentido de recriar respostas e projetos em algumas das 159 delegações em Portugal Continental e nos territórios insulares. Para breve está previsto o lançamento do Plano de Atividades.
“Aqui em Braga, felizmente, não há problemas porque aqui vamos encontrando soluções e novas iniciativas”, realça.
Esta quarta-feira, o presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Braga (UDIPSS) , o padre José Antunes, foi recebido pelo Presidente da República. O responsável alertou para o aumento dos custos das instituições que colocam as mesmas “no fio da navalha”. Ora, questionado pela RUM, o presidente da Cruz Vermelha afirma estar solidário com este “grito de alerta”, pois cada vez mais as fragilidades sociais têm vindo a aumentar, mas por outro lado, as ajudas têm vindo a diminuir.
“Todos aqueles que apoiam o Estado na sua função social, sofreram aumentos de custos que nem sempre são compensados com o aumento de receitas. As fragilidades sociais têm vindo a aumentar e as ajudas que recebemos na rede, até na internacional têm vindo a diminuir. Vivemos de equilíbrios, daquilo que são os nossos custos e daquilo que recebemos ou da Segurança Social e, no caso da Cruz de Vermelha, também do Ministério da Defesa, porque temos a nosso cargo o Lar Militar, mas aquilo que recebemos é insuficiente para os custos que vamos sofrendo e os pagamentos nem sempre são a tempo e horas, o que exige questões de tesouraria que nos são penalizadoras”, alerta.
Esta foi uma oportunidade para o presidente da Delegação de Braga da Cruz Vermelha, Armando Osório, apresentar alguns dos projetos mais importantes da estrutura, nomeadamente, o aumento em 50% das vagas na creche e a candidatura, que irão apresentar, ao Plano de Recuperação e Resiliência no sentido de requalificar a antiga Escola primária Nogueira da Silva para acolher o Centro de Acolhimento e Emergência que funciona atualmente nas instalações das Irmãs Hospitaleiras.
Contudo, o maior projeto de todos passa por “manter as respostas que são dadas atualmente”. Um dos maiores flagelos que a Cruz Vermelha elege, a nível nacional mas também em Braga como prioritário está relacionado com os sem-abrigo. Na cidade dos arcebispos todos os dias são ajudadas 93 pessoas.
Recorde-se que a nova sede da Delegação de Braga da Cruz Vermelha será inaugurada a 11 de fevereiro pelas 15h00.
