Presidente do CNJ acredita que “desconhecimento” afasta jovens das eleições académicas
O presidente do Conselho Nacional de Juventude (CNJ), o vimaranense Rui Oliveira, acredita que o que afasta os jovens das eleições académicas é a falta de divulgação e desconhecimento.
No dia em que é divulgado um estudo, desenvolvido por investigadores da Universidade Católica do Porto para o CNJ, que indica que 89,6% dos jovens já votaram em eleições, olhamos para o que se passa dentro dos muros das universidades, onde uma grande parte dos jovens não vai às urnas. No caso da UMinho, a última eleição para os órgãos sociais da Associação Académico contou com uma abstenção de 84%.
Rui Oliveira revela, em entrevista à RUM, que “a grande diferença tem que ver com a discussão a nível nacional e o conhecimento que os jovens têm sobre as eleições”.
O também ex-presidente da Associação Académica da Universidade do Minho lembra que, no caso da UMinho, “os jovens que estão em mestrado e doutoramento têm uma vida pouco ativa no campus e é mais difícil chegar até eles”. “Quando falamos de eleições nacionais falamos de formas diferentes de divulgação. Os jovens votam onde acham que podem fazer a diferença e têm impacto”, evidenciou.
Para o presidente do CNJ, afinal, ao contrário do que dizem, os jovens querem saber da política, uma vez que “nove em cada dez já foram votar” e “53% dos jovens votam sempre”, um número que “anda próximo da média nacional”.
“Há dados que confirmam que os jovens não votam menos do que o resto da população. Ainda que não sejam números espetaculares é um problema do país, que temos que lutar para reverter”, afirmou.
No que se refere à militância partidária ou sindical, com apenas 17,5% filiados em partidos e 2,4% em sindicatos. “Esta é uma preocupação que temos, porque são duas formas primárias de participação”, adiantou Rui Oliveira.
O presidente do CNJ vai reunir-se com as juventudes partidárias, a Comissão de Juventude da UGT ou a Interjovem/CGTP-IN, para analisar o estudo e perceber o que está a falhar para “os jovens não se filiarem”.
