Presidente do Parlamento Europeu morre aos 65 anos 

O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, morreu esta terça-feira aos 65 anos de idade, após mais de duas semanas num hospital em Itália, devido a uma disfunção do seu sistema imunitário, disse o seu porta-voz, Roberto Cuillo.

“O Presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, morreu à 1h15 da madrugada (00h15 em Lisboa) do dia 11 de janeiro no hospital de Aviano, Itália, onde se encontrava hospitalizado. A data e o local do funeral serão comunicados nas próximas horas”, escreveu Cuillo na sua conta na rede social Twitter.

Sassoli contraiu uma pneumonia em setembro de 2021, que o obrigou a receber tratamento hospitalar em Estrasburgo, França, e, embora tenha recebido alta hospitalar uma semana depois, prosseguiu a recuperação em Itália e esteve mais de dois meses ausente das sessões plenárias do Parlamento, regressando no final do ano.

Na próxima semana, na primeira sessão plenária do ano, o Parlamento Europeu deverá precisamente eleger um presidente da assembleia, algo que já estava previsto a meio da atual legislatura, e não relacionado com o estado de saúde de Sassoli.

A maltesa Roberta Metsola, do Partido Popular Europeu (PEE), é a favorita para suceder ao dirigente socialista italiano, que assumiu o cargo no verão de 2019.

David Sassoli foi um dos jornalistas mais reconhecidos em Itália, carreira que deixou para integrar o Partido Democrático, pelo qual foi eleito eurodeputado em 2009 e presidente do Parlamento Europeu em 2019.


David-Maria Sassoli nasceu em Itália, a 30 de maio de 1956, e durante a década de 1970 licenciou-se em Ciência Política pela Universidade de Florença, cidade de onde era natural.

Enveredou pelo jornalismo em 1986, quando começou a trabalhar em jornais e agências noticiosas locais até chegar ao jornal nacional Il Giorno, em Roma.

Em 1992, passou para a estação de televisão pública italiana, a Rai, onde se iniciou como repórter de notícias televisivas e correspondente do TG3 (um dos canais do grupo).

Posteriormente, trabalhou em programas noticiosos na Rai Uno e Rai Due, antes de se juntar à redação do TG1 em 1996 como correspondente especial.

Em 2009, David Sassoli deixou a carreira jornalística e filiou-se no Partido Democrático italiano, de centro-esquerda, fundado dois anos antes.

Conseguiu a liderança do Parlamento Europeu em 3 de julho de 2019, sucedendo no lugar ao também italiano Antonio Tajani.

Foi o sétimo italiano a presidir ao Parlamento Europeu, num mandato que deveria terminar em janeiro próximo.

Na vida privada, era casado e tinha dois filhos. Uma forte paixão pela Fiornetina e era um profundo conhecedor de música clássica.

RTP

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