Projeto “Mais Natal Priscos” ajudou mais de 50 reclusos na reintegração social
O projeto “Mais Natal Priscos” apoiou, desde 2015, mais de 50 reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga desde 2015.
Antes de saírem em liberdade condicional, os reclusos, que se preparam para sair em liberdade, trabalham no Presépio de Priscos, durante o ano, e recebem um salário, sendo que só têm acesso imediato a metade do dinheiro, ficando a outra metade “no estabelecimento prisional para quando saírem em liberdade poderem utilizar”.
“O facto de ficar retida metade da remuneração faz com que quando saírem possam adquirir uma habitação e ter durante alguns meses liberdade económica, para não ingressarem novamente no mundo do crime”, justificou o padre João Torres, responsável pelo projeto.
Durante o período em que estão a trabalhar, os reclusos têm “contacto com a sociedade, deslocam-se em transportes públicos, almoçam em locais públicos e vão se habituando a viver em sociedade”. Desta forma, aponta o responsável, a reinserção social, depois de libertados, é muito mais fácil. “para alguém que esteve detido dez anos e não tem estas ferramentas é mais difícil estar em sociedade”, acrescentou.
João Torres lamenta, ainda assim, “a burocracia” a que este tipo de projetos estão sujeitos, impedindo que chegue a mais indivíduos.
O projeto “Mais Natal Priscos” é financiado através dos donativos dos visitantes do Presépio Vivo da freguesia. “A visita possibilita não só o encontro das famílias, mas a ajuda para que estas pessoas tenham uma vida diferente e usufruam de uma liberdade responsável”. “Os pequenos donativos todos somados fazem com que a paróquia possa ajudar uma série de pessoas a renascer para a vida”, finalizou.
No Presépio ao Vivo de Priscos os reclusos cumprem um horário de trabalho, viajam nos Transportes Urbanos de Braga, com o apoio da Câmara Municipal, e almoçam num espaço público, convivendo com pessoas da comunidade.
