PS critica relatórios desfasados e falta de referências à Altice por parte da InvestBraga

O PS critica aquilo que considera ser uma análise desfasada no tempo dos relatórios de execução financeira das empresas municipais. Os documentos, que foram levados à última reunião da Assembleia Municipal, são referentes ao primeiro e segundo trimestre de 2024 da AGERE, Bragahabit, Faz Cultura, InvestBraga e TUB.

No total, as cinco empresas contam com orçamentos na ordem dos 70 milhões de euros, sendo que ao juntar os planos plurianuais o montante sobe para perto dos 100 milhões. João Nogueira lamenta os atrasos que dificultam o “acompanhamento e fiscalização” dos resultados, para além de os documentos não virem acompanhados do relatório de execução financeira da responsabilidade do revisor oficial.


Nós estamos a apreciar documentos que estão feridos daquilo que a lei diz que deve ser feito, que deve ser apresentado de forma completa e atempada. Estamos a apreciar um relatório que decorreu daquilo que foi a atividade das empresas de 1 de janeiro a 31 de março e o outro também terminou no dia 30 de junho”, frisa.

Uma das empresas que mereceu mais críticas por parte dos socialistas foi a InvestBraga. João Nogueira diz 

ser com estranheza que não é encontrada qualquer referência nos documentos à parceria com a Altice que terminou apenas a 16 de abril de 2024, sendo que anualmente a empresa municipal recebia cerca de 750 mil euros da empresa de telecomunicaçõ0es. 

“Nos relatórios não vi uma palavra relativamente ao contrato que, no passado, a InvestBraga teve com a Altice. Será que a InvestBraga tem vergonha da Altice? Será que a Altice teve alguma importância naquilo que foi o desempenho da InvestBraga, sobretudo na atividade dos espetáculos? Para onde foram os 600 mil euros que era para compensar não sei exatamente o quê?”, questiona.

Críticas que ficaram sem resposta por parte do PSD que preferiu congratular-se com a análise, globalmente, positiva das empresas municipais por parte do maior partido da oposição que confirmam, no seu entender, que está a ser feita uma gestão “equilibrada” das cinco empresas municipais. Quanto ao facto de os documentos estarem a ser disponibilizados de forma tardia, Joaquim Barbosa considera que tal não é verdade.

“Não é demasiado tarde e talvez juntar o primeiro ao segundo trimestre dê uma ideia mais global da atividade das empresas do que apresentar só o primeiro trimestre, logo no final de março”, considera. “Na questão do fiscal único, também pensamos que é apresentado no final do ano e não parcialmente”, refere. 

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Vanessa Batista
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Jornalista na RUM

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Sérgio Xavier
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