PS e CDU consideram que AGERE tinha margem para baixar tarifa da água

A CDU votou contra a proposta de manutenção do tarifário da AGERE para 2022.

Segundo o administrador da empresa municipal, Rui Morais, o valor que seria canalizado para a redução do tarifário vai ser investido na nova ETAR. A AGERE fechou o ano com um resultado líquido positivo de quase 7 milhões de euros.

Bárbara de Barros não concorda com a justificação e considera que os resultados positivos da empresa municipal, “na ordem dos milhões que são distribuídos em dividendos pelos acionistas privados, permitiriam aliviar taxas que fazem muita diferença num serviço indispensável às famílias”. A comunista lembra que “o investimento na ETAR está feito”, uma vez que esta “está prestes a ser construída”. O administrador adiantou, a este propósito, que devido “a uma contestação do Tribunal a obra está atrasada três semanas”, sendo previsível o seu arranque na última semana de junho.

Os vereadores do PS abstiveram-se, ainda que considerem que “havia margem para a redução do tarifário”. Artur Feio enaltece o esforço para a construção da ETAR e justificou o sentido de voto com o esforço que é feito pela autarquia, no sentido de não subir a tarifa, “tendo em conta esta lógica nacional de que a água sendo um bem precioso vai ser valorizado para o contribuinte”.

O presidente da Câmara, Ricardo Rio, lembra que a redução do tarifário só foi possível desde 2013, ano em que a coligação Juntos por Braga assumiu os destinos da autarquia. “Houve uma fase de congelamento, houve reduções para determinadas franjas da população e até reduções de tarifário generalizado, como nunca tinha acontecido. Se há hoje mais lucro do que havia é porque há menos custos e precisamos desta reserva para financiar os projetos de investimento que temos pela frente, entre os quais a ETAR”, frisou.

A AGERE vai manter os tarifários em 2022. O ponto mereceu o voto contra da CDU e a abstenção do PS.