PS reafirma não ter sido “integrado” na Estratégia Cultural de Braga 2030

O Partido Socialista (PS) voltou a acusar o executivo municipal de não ter integrado os seus vereadores na definição da Estratégia Cultural de Braga 2030.

Os representantes do PS no executivo municipal abstiveram-se na votação da estratégia na última reunião de Câmara. A mesma posição tomaram os deputados socialistas, na Assembleia Municipal de sexta-feira.

Na reunião de Câmara desta segunda-feira, Artur Feio lamentou, mais uma vez, que os vereadores do PS não tenham sido convidados a participar no processo. “Nenhum vereador do PS foi ouvido. Não fomos nunca convidados, nem política, nem tecnicamente, a participar na discussão desta estratégia”, garantiu o socialista. 

Artur Feio falou até de um “aproveitamento político”. A abstenção socialista, esclareceu, náo se trata de “estratégica política ou para obter dividendos políticos”, mas porque o PS “se sentiu arredado de um processo que devia ter sido colectivo”. Ainda assim, e embora reconheçam “a oportunidade e o mérito do que se tentou fazer”, o documento “não passou de um exercício muito académico e superficial”.

Na resposta, Ricardo Rio lembrou convites endereçados a Miguel Corais, socialista que renunciou ao lugar de vereador da Câmara de Braga em Dezembro de 2019, e apontou ainda reuniões com os vereadores da oposição, onde a equipa técnica solicitou contributos. “Em nenhuma dessas ocasiões o PS tomou qualquer atitude pró-activa, de apresentação de contributos. O PS demitiu-se de participar neste processo”, apontou o autarca.

Artur Feio lamenta que “a opinião de um assessor seja mais valorizada do que a de um vereador”. “Devia ter sido pedido o contributo de todos os vereadores, explicando-nos qual é a estratégia, que eu desconheço ainda hoje. 

Não fomos nunca auscultados neste processo, nem integrados, e não é através de Miguel Corais que nos fazemos representar como um todo”, finalizou.