PS vota contra protocolo entre Câmara de Braga e Centro de Medicina Digital – P5
O Partido Socialista (PS) votou contra o protocolo de colaboração entre o Município e o Centro de Medicina Digital P5 – da Escola de Medicina da UMinho, que prevê a criação de uma linha alternativa ao SNS24.
Os vereadores da oposição não entendem que o executivo tenha reprovado, na última reunião do executivo, uma proposta do PS, que pretendia reforçar a verba da Componente de Apoio à Família (CAF), fixando a mensalidade num máximo de 30 euros.
Na reunião de Câmara desta segunda-feira, Ricardo Sousa defendeu que o investimento previsto para este protocolo, de cerca de 100 mil euros anuais, “que seriam mais bem canalizados no apoio direto às familias, como é caso da proposta de apoio à CAF”. “A redação do protocolo deixa algumas dúvidas na sua concretização e não entendemos porque é que surge o município a financiar este projeto quando ele já decorre”, acrescentou.
Para o presidente da Câmara,Ricardo Rio, o projeto trará “benefícios diretos para o bem-estar dos bracarenses”, sendo, por isso, “uma medida de relevância social, que não pode ser comparada com a medida proposta pelo PS”.
“Primeiro porque não é algo que esteja na alçada obrigatória do ministério da Saúde, é uma inovação que é meritória e, por isso, é que apostamos em disponibilizá-la localmente. Depois não há uma lógica de trocar o dinheiro investido no P5 face à medida do PS, porque esta verba já estava orçamentada para o Orçamento Municipal de 2022″, explicou o autarca.
Bárbara de Barros, da CDU, votou favoravelmente o projeto, que diz ser “interessante e perfeitamente justificado com a situação que atravessámos”. Apesar de implicar um investimento, a vereadora lembrou que o protocolo “só pode ser renovado por mais um ano e pode significar a criação de uma maior proximidade da população com a saúde”. “Parece-nos um investimento razoável e que trará frutos para o concelho”, finalizou.
Apesar do voto contra do PS, o projeto foi aprovado pela maioria do executivo.
