PSD votará contra o Orçamento do Estado para 2021

O presidente do PSD anunciou hoje o voto contra do partido na proposta de Orçamento do Estado para 2021, dizendo que esse é “o único voto coerente” e porque outra votação nem sequer “evitaria uma crise política”.

Rui Rio fez este anúncio no encerramento das jornadas parlamentares do PSD, que decorreram hoje na Assembleia da República.

Rui Rio defendeu que a proposta orçamental “não é realista”, criticando o aumento do IRC e do défice.

O presidente social-democrata, muito crítico do documento, lembrou que o Orçamento do Estado para 2020 já tinha problemas e que esses pontos agravaram-se com a situação da pandemia. Rui Rio teme um aumento do encerramento de empresas e do desemprego.

O líder da oposição fala numa situação de “incerteza” a nível económico num presente marcado pelo aumento do número de casos de Covid-19 em Portugal. Rui Rio critica o Governo, dizendo que o executivo “falhou” na preparação da segunda vaga da pandemia.

“Uma coisa era o conhecimento que todos tínhamos em março e em abril, outra coisa era o conhecimento que tínhamos em julho relativamente à possibilidade de uma segunda vaga com o know-how que entretanto adquirimos todos”, disse. “Não podemos exigir a perfeição, sabemos que é impossível seja que Governo for resolver o problema, mas sabemos que também é possível ser mais acutilante, programar melhor as coisas e ter o SNS em melhores condições do que aquilo que estamos a falar, que é covid e não-covid”, disse, fazendo referência ao aumento do número de mortes não relacionadas com a pandemia

“Não vejo condições para o aumento do salário mínimo”

“Não acho adequado o aumento do salário mínimo nacional num momento em que as empresas não conseguem vender ou não têm receitas e num momento en que estão a lutar para não ir à falência e que não têm possibilidade de pagar salários”, disse Rui Rio. É totalmente desaconselhável”, refere.

O presidente do PSD afirma que é a favor das novas prestações sociais e do aumento do salário mínimo, mas “não pode ser tudo ao mesmo”. “Isto inviabiliza medidas para preparar o nosso futuro coletivo. Temos de ser seletivos”, aponta.

No que diz respeito à descida da retenção na fonte do IRS, Rui Rio critica a medida, que diz induzir as pessoas em erro. “Esta obsessão pela propaganda leva as pessoas ao erro. Até parece que vão baixar o IRS, mas não vão baixar nada”, alerta, dizendo que em 2021 os portugueses serão chamados a pagar o imposto.

“Este Orçamento é adaptado às circunstâncias, mas vai na mesma ordem dos anteriores. O PSD apostaria no alívio da carga fiscal das empresas e das pessoas”, garante.

“Vamos marcar uma diferença difícil, mas das que mais gosto de marcar. O PSD é mais responsável na oposição do que o PS no Governo.”

c/ Lusa e TSF

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