PSP refuta críticas e alega que adeptos croatas não entraram no país num modelo organizado

A PSP refuta as acusações de que tem sido alvo nas últimas horas, depois dos atos de vandalismo por parte de um conjunto de adeptos do Hajduk Split à chegada à cidade de Guimarães. Os atos de violência deliberados têm sido condenados por diversos agentes da cidade de Guimarães. O próprio presidente da autarquia, Domingos Bragança, questiona a preparação da PSP para a receção a estes adeptos croatas, conhecidos por provocarem o caos nas cidades para onde se deslocam.
Ao final desta manhã, e em declarações aos jornalistas, a PSP recusou as críticas, alegando ter agido em conformidade, sublinhando ainda que estes adeptos não entraram no país de forma organizada, como é habitual.
Segundo o Comissário Vítor Silva, Adjunto da Divisão da PSP de Guimarães, a polícia foi contactado ao início da noite desta terça-feira a propósito da movimentação dos adeptos do Hajduk Split. “Os adeptos foram monitorizados, mas na presença da polícia começaram a fugir, deslocando-se para autocarros”, explicou.
Pouco tempo depois viriam a ser identificados 122 croatas, além de “alguns portugueses e alguns estrangeiros”, continuou.
PSP diz que a identificação só foi possível na cidade
Referindo que no centro de Guimarães, os adeptos agiram em massa para “provocar o caos”, o comissário refere que os danos nas esplanadas “foram irrelevantes”. A dificuldade foi detê-los já que à chegada da PSP, os mesmos movimentaram-se por várias artérias da cidade.
“Foi um grupo de adeptos que se movimenta de forma organizada entre si. Estes adeptos não chegaram ao Aeroporto Sá Carneiro, vieram por outros aeroportos. A identificação só foi possível na cidade. A abordagem e identificação foi feita, mais tarde, “numa zona segura, sem colocar em risco a população”, justificou.
Há uma semana, na chegada à Croácia, a polícia daquele país atuou de outra forma, identificando no imediato os adeptos vitorianos à chegada e acompanhando-os no seu percurso desde o momento inicial.
O presidente da CMG critica a organização do PSP que, no entanto, refuta as acusações. “A PSP estava na cidade, mas o efetivo vai aumentando de acordo com o aumento de adeptos na cidade”, explicou o comissário garantindo ainda que a PSP tem os meios adequados para agir de forma célere. “Para hoje está previsto o aumento do efetivo. Estamos preparados, a polícia já tem essa experiência. Já informamos o município que as esplanadas devem ser retiradas”, acrescentou.
O autarca vimaranense exige a detenção dos adeptos identificados, impedindo-os de entrar no D. Afonso Henriques para assistir ao jogo agendado para as 17h00.
