“Qualquer intervenção que vá ser feita no Nó de Infias não é miraculosa”

No dia em que será conhecido o projeto de reorganização viária do Nó de Infias, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, alerta para “a importância” deste passo, mas lembra que “qualquer intervenção que vá ser feita não é miraculosa, não vai resolver todos os problemas de trânsito da cidade”.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, está hoje em Braga para conhecer o projeto, cuja apresentação está marcada para as 12h00, no Teatro da Escola Sá de Miranda.
O Município de Braga e a Infraestruturas de Portugal (IP) elaboraram um projeto conjunto com vista à intervenção de fundo no Nó de Infias. Segundo o autarca, o concurso para a obra, que deverá rondar os cinco milhões de euros, deve ser lançado no último trimestre deste ano. Só o projeto, que será conhecido esta terça-feira, custou 400 mil euros. O prazo de execução será de um ano e meio, contado a partir da data de consignação da empreitada.
Ricardo Rio lembra que para que os problemas de trânsito se resolvam “há questões complementares que têm que ser concretizadas”. “Estamos a trabalhar nelas e há outras que têm que ver com os próprios hábitos das pessoas, que têm que ser paulatinamente transformados”, acrescentou.
Rio está certo de que o projeto vai, “indiscutivelmente, melhorar o trânsito naquele local, que é hoje o principal constrangimento que existe na cidade”.
De acordo com informações disponibilizadas pela autarquia, o projeto engloba o nó que faz a interceção da EN101 com a EN14, “duas vias estruturantes de ligação inter-regional e nacional”, uma vez que possibilitam a ligação aos concelhos vizinhos. Além de melhorar as condições de circulação e segurança, é objetivo desta intervenção aumentar a capacidade de escoamento de tráfego, priorizando as ligações da EN101 à Avenida António Macedo e a capacidade de saídas da cidade.
Durante a reunião do executivo municipal desta segunda-feira, os vereadores da oposição alertaram a maioria para o compromisso de que lhes seria dado a conhecer o projeto antes da sua apresentação pública, algo que acabou por não acontecer. Os vereadores do PS e CDU pedem o acesso a informação mais detalhada sobre os projetos, para que possam votar de forma esclarecida.
Depois da apresentação do projeto, segue-se a elaboração dos projetos de especialidade.
