“Quem garantiu as condições para a eleição de Ricardo Silva foi a coligação”

Ricardo Rio rejeita que a conquista da Junta de Freguesia de S. Victor por parte do independente Ricardo Silva signifique uma derrota clara da coligação Juntos por Braga. O independente venceu com uma margem expressiva o candidato com o apoio da coligação Juntos por Braga, Firmino Marques, a quem tinha sucedido em 2013.

Na noite de ontem, em entrevista ao programa Campus Verbal, o autarca social democrata assinalou que “quem garantiu as condições para a eleição do novo presidente foi a equipa da coligação Juntos por Braga”. Referindo que uma reeleição “é o reconhecimento do trabalho de quem cessa funções, quem concretizou boa parte do trabalho da junta de S. Victor foi a equipa da coligação Juntos por Braga que por acaso estava, desta feita, ao lado de Firmino Marques e não ao lado do presidente reeleito”. Ainda assim, admite que Ricardo Silva “conseguiu vencer e, por isso, “é mérito dele e deve ser felicitado”.

Conhecidas as divergências entre Ricardo Rio e Ricardo Silva, o autarca afasta qualquer dificuldade de comunicação entre as partes ao longo do novo mandato e lembra que na sua relação enquanto autarca com as juntas de freguesia “não deixa questões partidárias ou afetivas influenciarem a lealdade institucional e a capacidade de colaboração e trabalho com as juntas de freguesia”. O social democrata lembra que “há muitos projetos em curso, muitos compromissos que estão assumidos para a concretização no próximo mandato e isso iria acontecer qualquer que fosse o presidente”.

Delegação de competências para juntas urbanas só a partir de 2023

A delegação de mais competências para as juntas de freguesia urbanas está garantida ao longo do próximo mandato, mas é certo que não se concretizará em 2022.

A confirmação foi feita pelo autarca Ricardo Rio. Aos microfones da RUM explicou que o objetivo é “reforçar as delegações de competências, nomeadamente ao nível da manutenção e conservação do espaço público, da gestão de alguns espaços verdes”.

No entanto, o orçamento para 2022 não terá dotação financeira para avançar já com essa delegação. “Seguramente não constarão deste primeiro orçamento. Temos tido uma postura de grande sentido de responsabilidade, ou seja, não endossar responsabilidades sem as dotar dos recursos necessários para que o façam bem. Nesse sentido, vamos fazer essa avaliação ao longo dos próximos meses e seguramente no orçamento de 2023 estarão concretizadas essas delegações”, revelou.