Rafael Pinto quer ser a voz de Braga no Parlamento e UMinho a dinamizar o distrito

O PAN começa a pré-campanha em Braga, distrito onde o partido aposta na eleição de Rafael Pinto, que volta a ser cabeça de lista por um círculo eleitoral onde, em 2019, o partido registou o maior crescimento de sempre (340%).
Natural de Celorico de Basto, o jovem ativista quer “ser a voz de Braga no Parlamento”.
O cabeça-de-lista do partido pelo círculo eleitoral de Braga oficializou, esta quinta-feira, a sua candidatura, na Junta de Freguesia de S.Victor, na presença da líder do PAN, Inês de Sousa Real.
O candidato apontou críticas aos partidos que não escolhem ninguém do distrito para liderar as listas, referindo-se a José Luís Carneiro, natural do Porto e candidato do PS em Braga. “Deve ter feito tantas intervenções como eu, no Parlamento, sobre Braga”, atirou. Rafael Pinto fala em oportunismo político e lembra que o PAN está “na rua, junto das populações”, onde é raro ver representantes do distrito.
“Quero ser um verdadeiro embaixador do distrito no Parlamento, que é o que tem faltado por parte dos deputados. Queremos dar voz às causas de Braga. Acreditamos que nos vão dar esse voto de confiança e dar ao planeta o seu voto útil”, afirmou.
O candidato adiantou alguns dos objetivos e propostas que vão constar no programa eleitoral do PAN, nomeadamente “o combate à pobreza energética e às alterações climáticas, recuperação dos rios e solos agrícolas”.
Uma rede de transportes públicos sustentáveis entre concelhos, reforço dos meios do Serviço Nacional de Saúde e políticas de habitação foram outras das prioridades apontadas por Rafael Pinto.
“UMinho tem mostrado que é possível criar produtos de valor acrescentado, com impacto ambiental reduzido e maior valor económico”
O jovem quer ainda que a Universidade do Minho assuma o papel de “polo dinamizador da economia do distrito”. “A UMinho é uma entidade de investigação e desenvolvimento e é isso que precisamos na economia. Portugal não pode ficar refém a produzir o que os outros criam. A UMinho, com diversas parcerias, tem mostrado que é possível criar produtos de valor acrescentado, com impacto ambiental reduzido e maior valor económico. Temos a geração mais qualificada de sempre e a economia não a está a absorver”, explicou à RUM.
Depois do presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior, Fontaínhas Fernandes, ter desafiado os partidos a integrar nos seus programas eleitorais a mudança no modelo de ingresso no Ensino Superior, o candidato do PAN em Braga garante que esse será um assunto abordado pelo partido. Rafael Pinto defende uma reforma generalizada do ensino. “Não devemos analisar uma população tão diversa da mesma forma. A escola não explora o potencial dos alunos e isso vê-se no acesso ao ensino superior, em que entramos todo com um número, que não indica as nossas capacidades e soft skills”, disse Rafael Pinto.
“Vamos conseguir novas geografias em termos de representação do PAN”
A líder do PAN está confiante na eleição de Rafael Pinto, que poderá tornar-se o deputado mais jovem da Assembleia da República, se for eleito a 30 de janeiro. “Vamos conseguir novas geografias em termos de representação do PAN, pelo trabalho que tem sido feito pela distrital e concelhias. Têm sido uma voz muito ativa, e a eleição do deputado municipal é sinónimo disso, e têm-se mobilizado em torno das causas fundamentais que o PAN tem procurado levar à Assembleia da República”, disse à RUM a porta-voz do partido. Inês de Sousa Real não esqueceu alguns dos problemas de Braga, como as ciclovias, o acesso à habitação e o abate de árvores. A líder lembrou ainda o combate à abstenção deixando um recado aos responsáveis de que “se não se garantir que as pessoas em isolamento podem votar, não estamos num verdadeiro Estado de direito”.
Nas últimas legislativas, a candidatura do PAN ficou na sexta posição no distrito, ao reunir perto de 12 mil votos.
Lembrando que Braga foi o círculo eleitoral que registou, em 2019, “o maior crescimento do partido em termos de votação, 340%”, Rafael Pinto acredita que é em 2022 que chegará ao Parlamento.
