Recorde de vacinação em Famalicão: 1796 utentes vacinados esta quarta-feira

Esta quarta-feira, em Vila Nova de Famalicão, 1796 utentes foram vacinados contra a Covid-19. Um número “recorde” que deixa o diretor do ACES Famalicão satisfeito com o progresso que o processo de vacinação tem registado no concelho. Até segunda-feira, 24 de maio, já tinham sido administradas no centro de vacinação, instalado em Vale S. Cosme, mais de 50 mil vacinas. O número foi avançado por Ivo Sá Machado, esta quinta-feira, dando nota que o número já deve estar perto dos 54 ou 55 mil, ao contabilizar, por exemplo, a vacinação dos profissionais do ACES, que são cerca de 300. “A este ritmo, no final desta semana não andaremos muito longe das 60 mil vacinas administradas”, apontou. No sábado, informou ainda o diretor, serão vacinados cerca de mil famalicenses que estiveram infetados há seis meses, na sua maioria entre os 60 e os 80 anos


Ivo Sá Machado destacou “a eficácia e a eficiência dos recursos na administração das vacinas”, algo que permite que o concelho “não esteja atrasado no processo de vacinação” comparativamente a outras zonas do país. “Inicialmente, para vacinar mil pessoas eram necessários 60 enfermeiros, ontem conseguimos vacinar 1796 utentes com 40 enfermeiros”. 

“Vice-almirante reconheceu as fragilidades do processo de autoagendamento”

Em Famalicão, as longas filas de espera atingiram as quatro horas a 10 de maio, causando o caos no centro de vacinação instalado em Vale S. Cosme.

Em causa estava a sobreposição de marcações por parte do ACES e dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, como a RUM já havia adiantado. Segundo o diretor do ACES, as situações “têm-se repetido” mas não ao mesmo nível do que aconteceu no início do mês. “Estamos a ter pequenos focos (de espera), mas uma coisa é esperar meia hora, outra é esperar duas, três ou quatro horas, como aconteceu”, afirmou. 

“Ainda ontem tivemos uma reunião, e o vice-almirante Gouveia e Melo reconheceu as fragilidades do processo de autoagendamento”, adiantou Ivo Sá Machado. 


Segundo o responsável, é no período da manhã que as sobreposições de agendamentos agravam o tempo de espera. O agendamento central, indicado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, está previsto entre as 8h30 e as 13h30, num máximo de 750 agendamentos. Caso não sejam indicadas pessoas para toda a manhã, o ACES pode agendar com os seus utentes. “Se carregarem 750 não pomos ninguém, mas quando vemos na plataforma o que carregaram, calculamos o tempo necessário, e passamos a agendar os nossos utentes, só que os serviços partilhados carregam muito mais pessoas, depois”, denunciou Ivo Sá Machado, que alerta ainda para o facto de as pessoas acharem que o autoagendamento fica concluído quando se sabe a hora e a data, mas é necessária confirmação, o que faz com que muitos utentes não terminem o processo. 


“Se houvesse organização e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde conseguissem respeitar os horários tínhamos todas as condições para vacinar como vacinamos esta quarta-feira”, criticou. 

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Liliana Oliveira
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