Regresso à normalidade “tem de ser temperado até à chegada da vacina”

Na conferência de imprensa diária sobre a evolução da Covid-19 em Portugal, Marta Temido foi questionada sobre o possível regresso à normalidade e rejeitou antecipar previsões, dizendo que são “caracterizadas por uma grande incerteza”, mas apelou à “esperança”.


“Temos de saber manter a capacidade de desejar um futuro que ambicionamos e aguardamos com a necessidade de ir adaptando a nossa vida normal ao contexto de cada momento”, esclareceu.

Contudo, a governante diz que, juntamente com especialistas, tem havido um acompanhamento dos números desde que a pandemia começou em Portugal e frisou que se está a estudar o regresso à normalidade, apesar de ainda não haver prazos.

“A expectativa de regressar à normalidade tem de ser sempre temperada até à chegada da vacina”, alertou, sublinhando que não há a certeza de que “tudo volte a ser como antes”.

Portugal “preparou-se desde a primeira hora”

A ministra da Saúde assegurou ainda que o “país se preparou desde a primeira hora” na questão dos equipamentos necessários para dar resposta ao novo coronavírus. “Países não andaram todos à mesma velocidade, mas penso que em Portugal fizemos a preparação adequada e continuamos a fazê-la diariamente”, apontou a governante.


Já a directora-geral da Saúde explicou que não se sabe “exactamente a dinâmica de transmissão do vírus e a forma como se transmite numa população”, sendo que as medidas também são relevantes para estes resultados.

“O que se verifica é que não é uniforme, varia com semanas e dias e o foco que aparece numa zona tende a ser contido e a doença segue o seu percurso”, esclareceu, frisando que “não há uma tendência nítida”, mas notam-se “focos que estão a ser controlados em determinadas zonas e que surgem outros focos noutras zonas”.

Graça Freitas notou que “não há bandas do país”, mas sim “focos que vão aparecendo e sendo controlados e não são sempre os mesmos”. 

Entrega de ventiladores atrasada

A entrega dos 508 ventiladores que estava prevista para o final da semana passada está atrasada. Marta Temido justificou esta situação com a mudança de regras de transporte na China. Os ventiladores devem chegar dentro de oito dias.

A ministra revelou ainda que o país recebeu ontem 900 mil testes de diagnóstico e 920 mil zaragatoas que chegaram através de um voo, alertando que não houve a recepção de kits de extracção, “um dos componentes fundamentais”, e a entrega adiada para esta semana.

Quanto a equipamentos de protecção, chegaram mais um milhão de máscaras cirúrgicas e 700 mil máscaras respiradores. 

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