Reino Unido inicia inoculação com a vacina Oxford/AstraZeneca

O Reino Unido tornou-se esta segunda-feira no primeiro país a administrar a vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, e Brian Pinker, britânico de 82 anos, foi o primeiro a ser inoculado, no Hospital Churchill da Universidade de Oxford, com a primeira vacina “nacional”.
O Governo britânico adianta que, neste arranque, estão disponíveis mais de 500 mil doses. Matt Hancock, ministro da Saúde, fala numa missão nacional e num passo vital na luta contra a pandemia.
A vacina Oxford/AstraZeneca recorre a um adenovírus alterado a partir de chimpanzés, para espoletar a resposta imunitária. É mais barata do que a da Pfizer/BioNTech e mais fácil de armazenar e transportar, já que pode ser reservada durante seis meses em condições normais de refrigeração (entre os 2 e os 8 graus Celsius).
Contudo, a EMA (Agência Europeia de Medicamentos, na sigla em português) acredita que a farmacêutica não conseguirá aprovar a vacina na Europa, em janeiro.
O Reino Unido tinha manifestado a intenção de modificar os planos de vacinação e de aplicar as segundas doses 12 semanas após a primeira picada. A alteração que o Reino Unido anunciou está relacionada com a falta de vacinas. A Pfizer e a BioNTech estão a trabalhar no aumento da produção, mas alertam para que, enquanto não houver mais vacinas no mercado, as falhas no fornecimento serão inevitáveis.
Um dos países europeus mais atingidos pela Covid-19, com 75.024 mortes, o Reino Unido planeia agora o agravamento das medidas de contenção.
No domingo, o Reino Unido voltou a ter mais de 50 mil novos casos de Covid-19. Foi o sexto dia consecutivo com mais de 50 mil novos infetados, o que levou o Partido Trabalhista, na oposição, a apelar a um terceiro confinamento em território britânico.
TSF
