Projetos de residências para a UMinho seguem em frente. Reitor confiante no financiamento

As duas candidaturas submetidas pela Universidade do Minho, em articulação com a Câmara Municipal de Braga e Guimarães, ao Plano de Recuperação e Resiliência para o financiamento de duas novas residências universitárias passaram à fase seguinte – altura em que será efectivamente submetido a financiamento-, com boas classificações. O responsável admite que ambos os projetos foram considerados “relevantes e pertinentes”, tendo sido evidenciada a sua “qualidade”.
Entre 200 candidaturas submetidas, 154 foram aceites e, destas, o projeto referente à Fábrica Confiança, em Braga, foi classificado em 15.º lugar e o de Santa Luzia, em 40.º.
“Estamos convencidos que estão criadas condições para a concretização de um sonho: podermos aumentar de forma significativa o número de camas para os nossos estudantes”, afirmou em entrevista à RUM o reitor.
Rui Vieira de Castro reconhece que se segue “uma fase desafiante”, sendo necessário trabalhar agora numa nova candidatura, “muito mais precisa”. Ainda assim, o responsável mantém-se confiante na apresentação “de uma candidatura de qualidade, que venha a ser acolhida pelos financiadores”.
No caso de Braga, o projeto é da responsabilidade da Câmara Municipal, contando a autarquia com a disponibilidade da academia para partilhar o seu ‘know-how’, e a gestão será assumida pelos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM). A 15.ª posição deixa o reitor “bastante confiante relativamente a um projeto mutio ambicioso”.
A nova residência universitária irá disponibilizar mais de 750 camas a preço regulado a partir de Dezembro de 2024, através da adaptação, reconstrução e ampliação do edifício da Fábrica Confiança, que pertence à esfera municipal. O projecto envolve ainda a Universidade do Minho e o Instituto Politécnico do Cávado e Ave.
De acordo com os valores estimados apresentados nesta fase, e a concretizar-se na fase seguinte o sucesso agora alcançado, o financiamento, que se traduz em 100% do valor elegível, poderá ser de 22 727 068,00€ num total de investimento que poderá ir aos 26 024 068,00€.
Em Guimarães, o projeto também ficou bem classificado, embora mais atrás, na posição 40.ª. Neste caso, a responsabilidade do projeto recai sobre a UMinho, “num quadro muito estreito de colaboração com a Câmara Municipal de Guimarães”, que, frisou Rui Vieira de Castro, “foi inexcedível face ao prazo muito curto para conceber o projeto”. Recorde-se que po edifício da antiga Escola de Santa Luzia estava na posse do Estado, sendo necessário que o executivo liderado por António Costa o libertasse para a alçada da Câmara Municipal, para que a candidatura pudesse avançar. A boa nova chegou a 17 de fevereiro, já muito perto da data limite da submissão das manifestações de interesse. “A Câmara vai agora desencadear os processos de transferência para a Universidade e é nisso que estamos a trabalhar neste momento”, apontou o reitor.
