Reitor da UMinho alerta para necessidade de extinguir alguns cursos

O reitor da Universidade do Minho alertou para a necessidade de extinguir alguns cursos que já não correspondem aos objetivos para os quais foram criados. Rui Vieira de Castro disse, durante o discurso dos 49 anos da Escola de Ciências esta quarta-feira, que pretende ver aprovadas transformações na oferta educativa, de modo a que estas tenham efeito no ano letivo de 2024/2025.
“Não vale apena permanecermos na ideia que a existência de cursos por si só vai fazer com que apareçam estudantes”, declara o responsável máximo da instituição minhota. “Sei como é doloroso pensar em abandonar cursos nos quais investimos muito esforço ao longo dos anos”, diz.
Atualmente a UMinho tem em funcionamento cerca de 230 cursos conferentes de grau. Mais de metade são mestrados, 60 licenciaturas e 60 doutoramentos. O possível abandono de alguns cursos está em discussão em Conselho de Presidentes de Unidades Orgânicas.
O presidente da Escola de Ciências, José González- Méijome, diz estar aberto à mudança, de modo a tornar a oferta educativa mais atrativa e preparada para os desafios da sociedade e indústria. “Não nos assusta ter de extinguir áreas, mas é um grande risco. Temos várias oportunidades identificadas quer de fusão quer de redefinição assim como novas áreas que ainda não foram faladas em Portugal”, adianta.
Para o responsável máximo da UMinho, os cursos não conferentes de grau vão ganhar uma maior relevância para instituição. Rui Vieira de Castro lança o repto: “mais tarde ou mais cedo vamos ter de olhar para a oferta educativa não conferente de grau como componente da atividade docente dos nossos docentes de carreira”.
