Reitor da UMinho teme abandono estudantil por falta de alojamento

A Universidade do Minho (UMinho) continua numa situação “crítica” no que se refere à escassez de oferta de alojamento estudantil e o reitor da instituição teme que este défice de camas resulte no abandono de estudantes que acabam de chegar à instituição.

Com a recente entrada de três mil alunos, a UMinho, antes mesmo de os receber, tinha já as suas residências universitárias praticamente lotadas. O reitor da instituição alerta para a corrida contra o tempo e para as consequências que este défice pode ter a curto prazo.

Na noite de terça-feira, em entrevista ao programa Campus Verbal, o reitor, Rui Vieira de Castro, lamentou o esforço financeiro imposto às famílias em Portugal e afirmou que o governo “defraudou as expectativas” quanto ao plano nacional de alojamento dos estudantes de Ensino Superior.

O alojamento estudantil representa o principal encargo para as famílias e Rui Vieira de Castro avisa que tanto a universidade como o estado “não podem fechar os olhos a esta realidade”. Por isso, com o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), o Estado não pode voltar a falhar na resposta às residências universitárias, nomeadamente com a antiga Fábrica Confiança, em Braga, e com a antiga Escola de Santa Luzia, em Guimarães, dois edifícios que podem representar mil novas camas para estudantes. “A expectativa é que desta vez possamos finalmente dar um passo em frente correspondendo àquilo que são necessidades sociais que, eu diria, quase gritantes. Estamos a correr em permanência o risco de, ultrapassada a fase de trazer até nós os estudantes, com tudo o que isso significa, depois não termos condições para a sua manutenção no Ensino Superior. Isso não pode de forma alguma acontecer”, avisa.


Rui Vieira de Castro considera que o problema não está no compromisso do ministro Manuel Heitor, mas também não acredita que a abertura da antiga Fábrica Confiança enquanto residência universitária aconteça antes de 2025. Assumindo que a situação continua a “agravar-se”,  reitor da UMinho refere que “não há grande capacidade de negociação” para o horizonte de cinco anos em que o processo deve ser tratado, “de forma célere”, dentro da universidade, na articulação com as autarquias, “e no respeito por aquilo que são todas as condicionantes a que os edifícios estão sujeitos”.

O assunto não é novo e nos anos mais recentes tem merecido particular destaque por parte da instituição minhota e pela Associação Académica da Universidade do Minho.

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Elsa Moura
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