Reitores saudam alargamento de parcerias com universidades estrangeiras

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) saudou hoje a decisão da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de alargar os acordos de cooperação a universidades de todo o mundo.
“As declarações da ministra estão em linha com o que CRUP defende: Não haver renovações automáticas (de acordos celebrados com instituições) e de alargar os acordos de cooperação com outras universidades, nomeadamente na Europa”, disse à Lusa o presidente do CRUP, António Sousa Pereira.
O CRUP pediu à tutela que fossem revistas as parcerias com três universidades norte-americanas, que receberam quase 310 milhões de euros, para que fossem mantidos apenas os acordos que se justificassem, não permitindo a sua renovação automática sem uma análise prévia.
Em resposta, a ministra Elvira Fortunato anunciou que essas parceiras – com a universidade Carnegie Mellon, o Massachussetts Institute of Technology (MIT) e a universidade do Texas em Austin – irão terminar no final do ano.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior revelou ainda que o Governo pretende reforçar as parcerias com universidades estrangeiras, tal como tinha sido defendido pelo CRUP.
“Nós queremos reforçar parcerias com as melhores universidades, não quer dizer que sejam só americanas”, afirmou Elvira Fortunato em conferência de imprensa, no final da última reunião do Conselho de Ministros.
No caso concreto de universidades norte-americanas, foi já celebrado um protocolo com a universidade de Stanford para a área da sustentabilidade e com a universidade da Califórnia em Berkeley, em todas as áreas científicas.
“No leque das instituições devem estar também universidades europeias além de americanas. Hoje em dia também não podemos deixar de fora as universidades asiáticas, muitas das quais na linha da frente na investigação que se faz no mundo”, lembrou o também reitor da Universidade do Porto.
Na semana passada, a ministra sublinhou ainda a colaboração com instituições de ensino superior europeias, além dos 14 consórcios em que Portugal está já envolvido.
“Queremos reforçar esses consórcios e para já o que temos é um reforço em termos de bolsas para alunos de doutoramento, para que possam fazer o doutoramento com grau duplo entre as universidades europeias”, referiu.
O governo português pretende também aumentar o envolvimento das instituições portuguesas no que respeita ao desenvolvimento de projetos, incentivando docentes e investigadores “a concorrerem a fundos europeus e serem mais competitivos”.
c/Lusa
