“Remunicipalização da Agere deve ser objetivo de qualquer candidato à CMB”

O presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, afirmou ontem ser um defensor da remunicipalização da Agere.
Perante a apresentação dos resultados de 2020, em sede de reunião de executivo municipal, a oposição insistiu na ideia de que é possível remunicipalizar a Agere e reduzir o preço na fatura dos bracaraneses perante os lucros que a empresa apresenta ano após ano, mas que te dividir com os parceiros privados. Ora, o autarca social democrata admitiu que a remunicipalização deve ser colocada em equação e disse até que “deve estar no programa eleitoral de qualquer candidato à Câmara Municipal de Braga”.
“Sou defensor da remunicipalização da Agere. Não há interesse em que a situação se mantenha tal como ela se encontra”, disse Ricardo Rio que considera a Agere “uma das empresas mais qualificadas em termos empresariais graças ao parceiro privado”.
No entanto, o autarca recorda que a Agere “vale largas dezenas de milhões de euros”, e que a dificuldade está em “garantir essa capacidade de compra”.
Resultados justificam redução do valor da taxa paga pelos bracarenses e trabalho tendo em vista a remunicipalização – Bárbara de Barros, CDU
Para a vereadora da CDU, Bárbara de Barros, os resultados apresentados pela Agere “justificariam a proposta da CDU relativamente ao valor da taxa de gestão de resíduos” que aumentou no último ano por imposição governamental, mas que nalguns concelhos foi absorvida pelos próprios municípios. “A Agere teria mais do que condições para absorver esta taxa e para poder remunicipalizar a Agere. O relatório prova que a empresa teria ainda mais disponibilidade financeira se não tivesse de dividir os seus lucros. É a solução que melhor serve os bracarenses”, reiterou.
“Só o PS conseguirá negociar a remunicipalização da Agere” – Artur Feio, Partido Socialista
Já o vereador do Partido Socialista, Artur Feio, diz que “não se percebe todo o alarido” face à redução da fatura para munícipes e empresários. “Os impactos da covid-19 não foram resultados negativos, por isso, a Agere devia ter ido mais longe na redução das faturas para todos os munícipes”, insistiu apontando críticas ao atraso na resolução do problema da ETAR de Frossos e questionando novamente a ausência do contrato de gestão delegada.
Artur Feio defende uma nova discussão sobre a remunicipalização da Agere e recorda que este foi um tema que o PS lançou nas últimas autárquicas. Recordando que a privatização da Agere “foi muito útil no passado”, defende que chegou a hora de equacionar a remunicipalização sentando os privados e conversando. O socialista considera, no entanto, que a atual maioria que governa a câmara “tem muita dificuldade no diálogo com privados e na gestão de dossiers desta natureza”. Artur Feio afirma também que “só o Partido Socialista conseguirá fazer esta negociação”.
