Repositório da UMinho prepara-se para ser o berço das publicações científicas

A Universidade do Minho pretende que o RepositoriUM seja pioneiro numa nova forma de disseminação do trabalho científico. O desejo foi assumido pelo diretor dos Serviços de Documentação e Bibliotecas, a propósito da cerimónia alusiva ao 20º aniversário do portal da academia minhota, realizada, esta segunda-feira, no B-Lounge da Biblioteca Geral do Campus de Gualtar, em Braga.
Normalmente, o serviço surge como um local onde, numa última fase, são depositados os trabalhos, entre teses, comunicações e livros. De acordo com Eloy Rodrigues, o objetivo é que o ciclo se comece a inverter, através de “uma nova era na comunicação científica”. “Queremos que o repositório seja o sítio de nascimento da publicação: quando há um novo resultado, ele comece por ser depositado no repositório, sendo depois revisto e validado e, eventualmente, publicado numa revista científica”, adianta.
O RepositoriUM contabiliza cerca de 84 mil documentos, mais de 30 milhões de downloads e visitantes de 238 países. Enaltecendo que o portal agrega diferentes áreas do conhecimento, o diretor dos Serviços de Documentação e Bibliotecas vinca que “a esmagadora maioria dos documentos” – 80% estão disponíveis em acesso aberto – já teve “mais de 100 downloads”, sendo que o mais solicitado superou os 200 mil.
Fundado em 2003, o RepositoriUM foi pioneiro em Portugal, tornando-se no primeiro repositório institucional do mundo lusófono. Para o vice-reitor para a Investigação e Inovação da Universidade do Minho, esse tipo de marcos tem contribuído para colocar a Universidade do Minho no “mapa da ciência aberta”.
Eugénio Campos Ferreira assinala a participação da academia minhota em “numerosos projetos” ligados à gestão e ciência de dados e publicações científicas. “É um balanço muito positivo que se pode fazer destas duas décadas, com destaque para a nossa liderança no país, no espaço lusófono, latino-americano e também a nível europeu”, assinala.
