Requalificação do espaço público do Pópulo aprovada com voto a favor de Catarina Miranda

Agora sim, está aprovada a proposta de requalificação do espaço público do Pópulo e vias envolventes. Depois do chumbo na primeira reunião camarária liderada por João Rodrigues, a proposta passou, esta segunda-feira, com os votos a favor de João Rodrigues, Altino Bessa, Hortense Santos (Juntos por Braga) e agora da vereadora independente Catarina Miranda, eleita pelo PS/PAN e que decidiu assumir três pelouros no executivo municipal após conversações com o presidente na qualidade de primeira eleita.


Um novo contexto que fez a diferença na votação do ponto submetido pela segunda vez a reunião no espaço de quinze dias, dada a necessidade de acelerar o processo e não deixar cair os 2.6ME de fundos comunitários.

Nos restantes elementos da oposição, nada mudou no sentido de voto: o vereador da Iniciativa Liberal (IL) e os três vereadores do movimento Amar e Servir Braga (ASB) votaram contra e o vereador do Chega absteve-se.

Oposição volta a questionar divisão de operação urbanística


O vereador liberal, Rui Rocha reafirma o entendimento de que se trata de um processo “pouco sólido”. 

“Não houve nenhuma informação diferente. É evidente que a Praça Conde Agrolongo precisa de uma visão global e é evidente também que o presidente tem que atualizar a sua forma de se relacionar com os restantes vereadores”, atirou, referindo-se à perda de maioria da coligação do novo executivo da coligação Juntos por Braga. Acrescenta ainda que a existência de financiamentos comunitários pode levar a “decisões apressadas” que resultem em deitar dinheiro fora. Por isso, deixa uma garantia para o futuro mesmo que as propostas envolvam fundos comunitários. “Se for para deitar dinheiro fora não contam connosco, e votaremos contra sempre que nos parecer adequado”, antecipou em jeito de recado à equipa de João Rodrigues.

O vereador do Partido Socialista, Pedro Sousa também considera que faltou documentação convincente nem foi explicada a razão para dividir a operação urbanística em duas empreitadas. “Faltou documentação mais convincente, a opção parece ser adjudicar a qualquer custo”, alertando para a possibilidade de “riscos futuros”.

Ricardo Silva, do ASB insiste na crítica a todo o processo e avisa que se trata de um voto “consciente”. “Não é aceitável querer fracionar o mesmo espaço em dois. Se o presidente da câmara quer contar com a nossa parceria tem de reunir connosco em sessões de esclarecimento para nos mostrar quais são as prioridades dele. Estou convencido que se calhar conseguiríamos ter [outro] sentido de voto se nos dissesse efetivamente o que planeava para a parte de cima harmonizada com a parte de baixo. Agora, votar empreitadas desenraizadas e que podem ainda condicionar determinados projetos em desenvolvimento como o BRT – porque estava prevista uma linha de BRT para lá – e ninguém fala disso em sede desta requalificação, não é aceitável portanto estamos aqui para fazer uma oposição séria”, esclareceu à imprensa no final da reunião camarária.

“Disponibilizamos os técnicos para receberem os vereadores às horas que quisessem e ninguém levantou qualquer dúvida” – João Rodrigues em resposta às críticas


Por fim, o autarca social democrata, João Rodrigues que começou por evidenciar que não se perderam 2 milhões e 600 mil euros como poderia acontecer se a votação se repetisse integralmente, concluiu que na primeira reunião “a questão não era de dúvida, era de mostrar força, uma força que tentaram mostrar outra vez [ASB], mas que saiu gorada, porque o ponto foi aprovado”. “Prestamos as informações todas, disponibilizamos os técnicos para receberem os vereadores às horas que quisessem para que lhes fossem retiradas todas as dúvidas e ninguém levantou qualquer dúvida”, denunciou o autarca, referindo-se aos dias que se seguiram à primeira reunião camarária em que o ponto foi chumbado.

Em jeito de conclusão, o autarca aponta algumas possibilidades para o facto de o sentido de voto não ter sido alterado por parte da oposição. “Se o sentido de voto não se alterou é porque, das duas uma: ou não tinham dúvidas e fingiram que tinham dúvidas da primeira vez, ou pura e simplesmente não querem que este executivo invista no espaço público”, atira. Ainda no decorrer da reunião, João Rodrigues garantiu aos restantes membros que “há questões que podem ser corrigidas” e que “a articulação e concretização do projeto vai ser cuidada e não vai prejudicar o espaço público, mas sim melhorar passeios e acessibilidades”.

Sublinhe-se que a vereadora independente eleita pelo PS/PAN, Catarina Miranda, que agora votou favoravelmente com declaração de voto, mencionando aspetos a salvaguardar, nomeadamente no que respeita ao arvoredo.

A reunião de executivo municipal com mais de três centenas de pontos decorreu ao longo da manhã desta segunda-feira numa das salas de reuniões do Forum Braga.

*Imagem corrigida às 18H00

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Elsa Moura
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