Responsáveis reivindicam mais financiamento e reconhecimento para o CIAJG

O Diretor Executivo d’A Oficina e o vereador da Cultura de Guimarães reivindicam mais financiamento estatal para o Centro de Artes José de Guimarães (CIAJG). Marta Mestre, curadora-geral do equipamento cultural vimaranense, espera que o Centro estenda o “reconhecimento do setor cultural” a “outros domínios”. 

As mensagens foram transmitidas pelos responsáveis esta quinta-feira, aquando da apresentação da programação comemorativa dos 10 anos do CIAJG. 


Recorde-se que este espaço nasceu em 2012, quando a cidade foi Capital Europeia da Cultura. Até 2018, o seu funcionamento foi assegurado pelo orçamento municipal. Nessa altura, o Orçamento do Estado previa, pela primeira vez, 300 mil euros para o CIAJG, sendo que o Centro Cultural de Belém, construído a propósito da Capital Europeia da Cultura em 1994, recebeu 16,8 milhões, e a Casa da Música do Porto, que surge pela Capital Europeia da Cultura em 2001, recebeu 7,6 milhões euros.

Ricardo Freitas evidenciou “o grande esforço” que tem sido feito, “sobretudo nos últimos dois anos”. “O apoio (do Governo) foi pontual e não era isso que estávamos à espera”, lamentou, dando nota que prosseguem negociações com “o ministério da Cultura e Direção-Geral das Artes”. Em causa está a reivindicação “por alguma justiça” até porque, revelou, “é reconhecido o papel da Oficina no seu todo”. “Dizem que é uma estrutura singular no país e dizem que querem apoiar, mas o certo é que até hoje ainda não o fizeram”, apontou. 

Paulo Silva, vereador da Cultura na Câmara de Guimarães, evidenciou “o papel e destaque” que o CIAJG conquistou “a nível nacional”, apontando o facto de “algumas exposições do ano” estarem neste espaço. 

“Fomos convocados por entidades nacionais e continuaremos a falar sobre esta centralidade do CIAJG para o mundo e o país”, frisou. 


Para a curadora-geral, Marta Mestre, “o grande desafio do CIAJG será acrescentar a esse reconhecimento nacional no setor cultural uma reverberação para outros domínios”. “A Rede Portuguesa de Arte Contemporânea é também um motor desse desenvolvimento que vai sendo somado ao que é feito aqui”, apontou a responsável.

Marta Mestre revelou ainda que “de acordo com os ecos” que lhe chegam “o CIAJG é um ponto de passagem”.

A curadora evdienciou a ligação do espaço ao público escolar, mas deixou o desafio de haver uma proximação ao público espanhol. 

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Liliana Oliveira
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