Restrições de horário custam 3ME na faturação mensal da restauração em Braga

O diretor-geral da Associação Comerical de Braga (ACB), Rui Marques, não vê com bons olhos a medida anunciada pelo Governo, esta quinta-feira, que prevê a obrigatoriedade de certificado digital ou teste negativo à Covid-19  para todos os estabelecimentos turísticos ou alojamento local no país e para aceder a restaurantes com serviço de refeições no interior, nos concelhos de risco elevado ou muito elevado, como é o caso de Braga, a partir das 19h00 às sextas-feiras e durante todos o dia aos feriados, sábados e domingos.

“Vai limitar ainda mais o número de clientes. Há um custo de realização de testes que tem de ser considerado, porque, para consumir uma refeição, a obrigatoriedade de teste torna-a muito mais cara e desincentiva os clientes”, afirmou Rui Marques. O diretor-geral da ACB acusa ainda o Governo de “incoerência”, por impor a medida sem terminar “com as restrições ao horário de funcionamento”, bem como por não alargá-la aos “estabelecimentos de atividade noturna”.


Restrição de horário “não está a produzir efeito em termos de saúde pública” em Braga


“A manutenção deste horário tem, no concelho de Braga, um custo de três milhões de euros a menos na faturação mensal. Acreditamos que, com esta restrição, o valor vai ser ainda maior”, acrescentou. 

As restrições do Governo “poderão provocar mais encerramentos” de estabelecimentos ligados ao turismo e restauração. “Braga ainda não conseguiu avançar no plano de desconfinamento, está a encerrar às 22h30 há várias semanas, mas esta medida não conseguiu baixar o número de novos casos, ou seja, não está a produzir efeito em termos de saúde pública, mas gera um efeito muito significativo na economia”, referiu.

ACB pede “nova fase do Programa Apoiar”

 O verão, relembra, “é o período por excelência do setor”. Neste momento, Braga está com “quebras significativas face a 2020 e com um terço da ocupação comparativamente a 2019”. “É incoerente e incompreensível que o Governo ande em sentido contrário do que se está a assistir nos parceiros europeus, que estão, nesta altura, a atenuar as medidas restritivas da atividade económica, enquanto nós estamos a endurecê-las, prejudicando o mesmo setor”, lamentou Rui Marques.


O diretor da Associação Comercial de Braga apela ainda ao Governo que introduza “um mecanismo de apoio adicional que ajude este setor em particular”, nomeadamente “uma nova fase do Programa Apoiar, que, recorde-se, permitia compensar os estabelecimentos de restauração com a atribuição de um subsídio a fundo perdido, em função das quebras de faturação”. 

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Liliana Oliveira
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