Rio acusa Governo de “financiar-se à custa das autarquias locais”

O presidente da Câmara de Braga acusou hoje o Governo de se financiar à custa das autarquias locais. Ricardo Rio falava da descentralização de competências na área da saúde, na sessão de abertura do Congresso Nacional da Ordem dos Médicos, que pela primeira vez se realiza em Braga.

O autarca lembra que Braga ainda não aceitou algumas das competências por não serem acompanhadas do devido envelope financeiro. “Mais uma vez, o Estado central a financiar-se à custa das autarquias locais. É uma questão que nos preocupa e que levou que no concelho Braga ainda não tenhamos aceite em pleno essa responsabilidade”, afirmou Rio, admitindo que as Câmaras até podem ir mais além nas responsabilidades, o autarca alerta o Governo para a necessidades de meios financeiros que permitam aceitar mais competências.

Ricardo Rio lembrou ainda que, em Braga, a Câmara assumiu responsabilidade informais, com financiamento próprio, para reduzir a carga do SNS, como é o caso da parceria com o P5 da Escola de Medicina da UMinho, que permite aos bracarenses o acesso a serviços de medicina digital.

O bastonário da Ordem dos Médicos defende a descentralização de mais competências na área da saúde para as autarquias. Miguel Guimarães alerta para a necessidade de o Governo dar suporte às câmaras de zonas periféricas, com menos poder de investimento. “É preciso dar suporte as camaras menos fortes, podem não ter a mesma capacidade para fazer o mesmo que as Câmaras das grandes cidades”, explicou o bastonário, que defende também o devido envelope financeiro a acompanhar as competências que o Governo quer descentralizar.

O bastonário diz que o Governo tem que “conquistar a confiança dos profissionais de saúde” e apontou os desafios que devem ser priorizados”: “Combater as desigualdades sociais em saúde, temos que ter uma cooperação mais eficaz com o setor privado e social sempre que necessário, é importante haver políticas específicas para as regiões mais periféricas carenciadas e desfavorecidas e a prioridade mais difícil, porque é a que não dá votos, que é a aposta na prevenção da doença, porque se tivermos uma população mais saudável, ganhamos todos com isso”.

Decorre esta sexta-feira, em Braga, o Congresso Nacional da Ordem dos Médicos. A sessão de encerramento contará com a presença do ministro da saúde, Manuel Pizarro. 

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Liliana Oliveira
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