Rio Ave e Farense substituem Benfica e Cova da Piedade na direção da Liga de clubes

Rio Ave e Farense foram hoje empossados como elementos da direcção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), substituindo Benfica e Cova da Piedade, que se tinham demitido do executivo liderado por Pedro Proença, anunciou hoje o organismo.
A direcção da LPFP volta a integrar cinco clubes da I Liga, casos de FC Porto, Sporting, Tondela, Gil Vicente e Rio Ave e três da II Liga, Mafra, Leixões e Farense, que vai ser promovido ao principal escalão.
Em comunicado, a LPFP dá conta da posse dos vila-condenses, através do presidente António Silva Campos, e dos algarvios, representados por João Rodrigues, responsável pela sociedade desportiva, num ato em que estiveram presentes os restantes emblemas representados na direção e um representante da Federação Portuguesa de Futebol.
O Benfica, tal como FC Porto e Sporting, integrava a direcção de forma permanente.
“Após a tomada de posse, dirigida por Mário Costa, presidente da Assembleia-Geral da LPFP, a direção do organismo reuniu-se para abordar os assuntos mais relevantes e atuais da gestão do futebol profissional português”, conclui o comunicado do organismo.
O Cova da Piedade, que vai ser despromovido ao Campeonato de Portugal, por ocupar o 17.º e penúltimo lugar da II Liga, que foi concluída precocemente devido à pandemia de Covid-19, anunciou o abandono do executivo da LPFP em 25 de maio, por discordar de Proença e não se rever nos seus atos “contrários aos princípios e funções que os membros da direção estão obrigados a respeitar”.
Três dias antes, o Benfica pediu para deixar a direção da LPFP, numa reunião com os clubes do principal escalão, durante a qual o presidente do Sporting de Braga, António Salvador, pediu a demissão dos clubes que integravam o executivo.
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A direção da LPFP foi reeleita em 12 de junho de 2019, quando Pedro Proença, que preside ao organismo desde 2015, foi candidato único e recebeu 46 dos 48 votos possíveis.
A liderança de Proença tem sido questionada depois de ter sido divulgada uma carta do dirigente ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, solicitando a sua influência para fossem transmitidos em sinal aberto os restantes 90 jogos da I Liga, que foi retomada em 3 de junho, depois da interrupção devido à pandemia de Covid-19.
