Rio garante que suspensão da taxa turística “não está minimamente em equação”

A suspensão da taxa turística municipal em Braga foi colocada de lado pelo presidente da autarquia. Confrontado com a solicitação feita esta sexta-feira pela Associação Comercial de Braga (ACB), Ricardo Rio considera que o levantamento da tarifa não iria influenciar a decisão dos turistas.
Em declarações à RUM e depois de já ter enviado um comunicado, o director-geral da ACB justificou o pedido com “a queda abrupta e inesperada do número de dormidas” e com “a diminuição muito significativa do número de reservas” devido ao Covid-19. Considerando que, até esta data, “não é fácil conseguir estimar o impacto que já existe e aquele que vai sobretudo existir” no sector do turismo, Rui Marques teme que, inclusivamente “empresas de mais pequena dimensão possam não ter capacidade de resistir a esta crise”.
Face a esta situação, o responsável da ACB entende que a suspensão da taxa de turística seria uma forma de “atenuar as quebras”. “Devemos usar todos os recursos que temos ao nosso alcance para tentar de alguma forma contrariar este efeito. Penalizar quem vem a Braga com uma taxa adicional não é adequado neste contexto”, explica.
Reagindo à solicitação da ACB, Ricardo Rio é peremptório afirmando que “não é algo que esteja minimamente em equação”. “Desde início, consideramos que não é a taxa turística que tem impacto na procura turística. Portanto, não é pelo facto de a procura se retrair que julgamos que suspender a taxa turística irá ter algum impacto”, justifica.
O autarca acrescenta que, “qualquer que seja o volume turístico, o esforço que será sempre exercido não é sobre os operadores, mas sim sobre os visitantes”. Além disso, considera tratar-se de “um esforço absolutamente residual” que não tem “impacto” na decisão dos turistas.
CM Braga pretende apoiar sector do turismo “dentro daquilo que a realidade permitir”
Apesar de não concordar com a medida sugerida pela ACB, Ricardo Rio garante que a autarquia vai “procurar desenvolver as inciativas” que estão ao seu alcance para “dinamizar o turismo dentro daquilo que a realidade permitir” e lembra que cabe também ao Governo “encontrar medidas compensatórias para os agentes económicos, na área do turismo e não só”.
O Governo convocou esta segunda-feira uma reunião de concertação social de emergência para discutir o impacto do novo coronavírus nas empresas. Depois de ter anunciado o lançamento uma linha de 100 milhões de euros para apoiar as empresas, o Executivo pretende discutir as dificuldades pelas quais diversos setores estão a passar.
