RIR quer avançar com regionalização

O RIR mostra-se a favor de um referendo sobre a regionalização. Esta é uma dos propostas do partido para as eleições legislativas.
O cabeça de lista por Braga considera que os diferentes territórios deveriam ter maior autonomia, argumentando que “as pessoas que estão na região conhecem melhor o local do que quem está a 400 ou 500 quilómetros no parlamento”. Para Fernando Lemos, isso teria reflexos diretos nas várias áreas da sociedade.
No que respeita à saúde, dá o exemplo dos enfermeiros. No seu entender, “não há falta” destes profissionais, mas considera que estão “mal distribuídos”. “Não é concebível um enfermeiro de Braga ser colocado em Santarém. Fica lá e depois volta para casa e fica numa lista de espera gigantesca e enfadonha. A única saída que vai ter é o aeroporto, ou seja, emigrar”, refere, lamentando que se esteja “a perder mão de obra qualificada”.
Do ponto de vista da mobilidade, o RIR defende o reforço dos transportes e uma oferta de “20 em 20 minutos” na maior parte das linhas. Nesse contexto e ligando ao Ensino Superior, Fernando Lemos sugere as plataformas eletrónicas de mobilidade como “um nicho de mercado”.
Segundo a ideia do candidato, essas empresas poderiam disponibilizar “carrinhas de nove lugares, a gás e, no futuro, a hidrogénio”, em parceria com as associações de estudantes.
A falta de alojamento universitário é outra das preocupações do RIR. “Uma boa gestão” dos imóveis que existem nos concelhos é o primeiro passo, de acordo com Fernando Lemos, que defende a conversão de lojas desocupadas em residências temporárias.
“Um estudante chega a uma cidade e, enquanto tenta arranjar um quarto, precisa de dormir em algum lado. É desnecessário estar a gastar dinheiro num hostel”, concretiza.
