Rui Rio critica Marcelo por ter recebido Rangel. “Não é minimamente aceitável”

O presidente do PSD, que foi ontem apanhado de surpresa com a informação do encontro entre Marcelo Rebelo de Sousa e o seu opositor, Paulo Rangel, criticou duramente a opção do Presidente da República, sublinhando que o chefe de Estado não pode “condicionar o futuro do país à situação de um partido”.
“Se o Presidente da República até ouve primeiro um candidato a um partido antes de ouvir os líderes dos próprios partidos… Se assim for, eu peço desculpa, tenho o máximo respeito pela figura do Presidente da República, pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa (…) mas tenho de discordar frontalmente de uma coisa destas”, disse, em declarações aos jornalistas, à margem da discussão sobre o orçamento do Estado para 2022, que não deverá ser viabilizado.
“Eu acho que não é minimamente aceitável num país qualquer e particularmente num país europeu que o chefe de Estado – neste caso é Presidente da República, podia ser um monarca – receba e possa combinar uma coisa dessas” com Paulo Rangel, a quem se referiu como ” líder da oposição” – “interna”, corrigiu depois.
“Acho muito estranho que o PR receba um putativo candidato à liderança de um partido”. Para Rui Rio “as eleições [legislativas] têm de ser o mais rapidamente possível”.
“Os 79 votos do PSD são contra o orçamento do Estado”
Depois das dúvidas sobre o sentido de voto dos deputados do PSD Madeira, Rio reitera que o PSD votará contra o orçamento do Estado.
O presidente do PSD reiterou que conta com os votos dos deputados do PSD-Madeira. “Os 79 votos do PSD são contra o orçamento do Estado”, disse, recusando admitir outro cenário.
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