Saída de Carlos Ribas. Bosch pediu ao Ministério Público para investigar

O CEO da Bosch em Portugal confirmou que foi a própria empresa a informar o Ministério Público sobre eventuais irregularidades nos projetos, que alegadamente terão ditado a saída de Carlos Ribas da fábrica de Braga.
“Provavelmente houve irregularidades [na execução de fundos europeus] e é por isso que pedimos para [o caso] ser investigado por parte também do Ministério Público”, disse, em entrevista ao ECO, Javier González Pareja.
O caso está em segredo de justiça e, por isso, o responsável não pode avançar com muita informação. Ainda assim, o CEO adiantou que “alguns antigos colaboradores estão em tribunal contra a Bosch”. “Para a Bosch, os princípios são cumprir 100% com as regras de compliance. É fundamental. E consideramos que isso não foi [cumprido], especialmente na área dos projetos de inovação”, acrescentou.
Javier González Pareja explica que foi a própria empresa, “após pesquisas internas, que informou o Ministério Público”.
Carlos Jardim está à frente da fábrica de Braga, juntamente com Frank Burgsmüller. “A Bosch continua a investir em Braga”, que é a maior fábrica do grupo Bosch na Península Ibérica e representa mais de 60% da atividade em Portugal. “O volume de produção de Braga é similar ao volume de vendas do Grupo Bosch em toda a América Latina”, adiantou o CEO da empresa. Javier González Pareja deu conta de que a multinacional aumentou “a superfície de Braga”, onde conta com mais de “500 engenheiros de desenvolvimento que estão a trabalhar nas áreas dos radares”.
c/ECO
