“Se existisse projeto para a Confiança, Braga teria aproveitado a bazuca europeia”

A ASPA continua a condenar a atitude da maioria liderada por Ricardo Rio na condução do processo da antiga Fábrica Confiança. A coligação Juntos por Braga vai inscrever a antiga saboaria no programa eleitoral tendo em vista a sua venda, mas Armando Malheiro, presidente da ASPA, quer acreditar que este processo não está fechado, saudando as opiniões diferentes de partidos como o PS, a CDU e o BE que se apresentarão a votos nas próximas eleições autárquicas.
Ontem à noite, em entrevista ao programa da RUM Campus Verbal, Armando Malheiro, dirigente da Associação, afirmou que Braga não pode ter a ambição de almejar o título de Capital Europeia da Cultura olhando apenas para a recuperação do S. Geraldo. O docente afirma que para um título de capital da cultura “é preciso fazer valorização cultural e patrimonial”, algo que se faz “com obra que tem que ser pensada para ficar e que se possa reinventar”. O dirigente avisa que “o S. Geraldo não chega” e considera que “a Confiança deve ser encarada dentro desta estratégia”.
Armando Malheiro vai mais longe e afirma que se a Câmara Municipal de Braga já tivesse um projeto para a Confiança, a bazuca europeia “não seria uma oportunidade perdida” para Braga.
“Se este assunto da Confiança já estivesse num processo mais avançado (…) Aliás, houve cidadãos a propôr a defesa e também a levantar ideias e depois surge uma oportunidade. Mas isto exige uma maneira de pensar e de funcionar sistemática, não na corrente das ondas, do vai acontecendo e vai-se inventando coisas para agarrar o dinheiro que chega”, atirou.
A coligação Juntos por Braga continua a defender a venda da Confiança, ao contrário de algumas candidaturas às próximas autárquicas, nomeadamente BE, CDU e PS. Armando Malheiro saúda esta diferença de opiniões que lançam uma nova esperança neste processo, além de uma tentativa de venda falhada por parte da atual maioria de direita. “Esperamos que a causa da Confiança não esteja perdida e que se possa reabrir o diálogo. A ASPA está sempre disposta a isso”, vincou.
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